Um cenário de destruição que parece saído de filme apocalíptico. O Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha (SP), amanheceu nesta segunda-feira (10) com mais de 2 mil hectares reduzidos a cinzas por um incêndio que, pasmem, não foi acidente.
Segundo as primeiras investigações, as chamas foram ateadas de forma intencional — e o pior: por mãos jovens. Dois adolescentes, de 16 e 17 anos, foram detidos, mas acabaram liberados após prestarem depoimento. A delegacia de plantão ficou lotada de perguntas sem respostas.
O estrago que ninguém consegue calcular
O fogo começou por volta das 15h de domingo e, mesmo com o trabalho hercúleo dos bombeiros, só foi controlado na madrugada. "É como se alguém tivesse riscado um fósforo gigante sobre a mata", desabafou um dos soldados, com o rosto ainda marcado pela fuligem.
- 2000 hectares queimados — equivalente a 2 mil campos de futebol
- Animais carbonizados ou em fuga desesperada
- Fumaça que chegou a tampar o sol em bairros vizinhos
E sabe o que é mais revoltante? Esse parque é um dos últimos redutos de cerrado na região metropolitana de São Paulo. Levou décadas pra se formar e minutos pra virar pó.
Os suspeitos: adolescentes com "brincadeira" fatal
Aqui a história pega um tom ainda mais absurdo. Testemunhas afirmam ter visto os jovens fazendo "experiências" com isqueiros perto da vegetação seca. Quando perceberam que a coisa fugiu do controle, saíram correndo que nem coelhos assustados.
Na delegacia, segundo fontes, os dois não pareciam entender a gravidade do que fizeram. "A gente não queria isso", teria dito um deles, enquanto mexia nervosamente no celular. Como são menores, foram liberados aos cuidados dos pais — mas o processo continua.
E agora, Juquery? Biólogos estimam que a área vai levar no mínimo 20 anos pra se recuperar. Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: quando é que a gente vai aprender que natureza não é playground?
