Igarapava em Chamas: Cidade Lidera Alarmante Número de Queimadas em SP em 2025
Igarapava lidera queimadas em SP em 2025, diz INPE

Parece que o calor em Igarapava este ano não é só figurativo. A pequena cidade do interior paulista, quase na divisa com Minas Gerais, está no topo de um ranking nada desejável: é a campeã absoluta de focos de incêndio no estado de São Paulo em 2025. Os dados, coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), pintam um cenário de alerta máximo.

Até o último dia 15 de setembro, os satélites do instituto captaram nada menos que 137 focos de calor no município. É um número que, francamente, assusta. Para se ter uma ideia – e aí a coisa fica ainda mais séria – a segunda colocada, Itapetininga, registrou 92 ocorrências. Uma diferença brutal, que faz a gente se perguntar: o que está acontecendo por lá?

Um Problema que Vai Além da Cidade

Olhando o mapa do estado, a região de Franca, onde Igarapava está inserida, aparece como a segunda com mais registros de queimadas. Só perde para a macrorregião de Itapetininga. Mas a liderança isolada da cidade é o que mais salta aos olhos, sabe? Dá a impressão de um problema muito localizado, mas com causas que provavelmente são muito mais complexas e abrangentes.

Especialistas que acompanham esses dados – gente que entende do riscado – costumam apontar que a maior parte desses incêndios tem, sim, a mão do homem por trás. Seja por descuido, como uma simples bituca de cigarro jogada na beira da estrada, ou por ação intencional, para limpeza de terreno ou expansão de pasto. A estiagem prolongada, típica deste período do ano, acaba sendo o cúmplice perfeito, transformando qualquer faísca em um inferno de proporções gigantescas.

E Agora, o Que Fazer?

O relatório do INPE serve como um termômetro, um sinal amarelo piscando com força. A informação está lá, pública e acessível. O grande desafio, como sempre, é o que fazer com ela. A bola agora está com os gestores públicos e com a própria comunidade.

Planejamento, prevenção e fiscalização mais rígida são palavras de ordem. Campanhas de conscientização sobre os perigos do fogo também são mais do que bem-vindas. Porque no final das contas, evitar um incêndio é infinitamente mais fácil – e barato – do que apagá-lo. A paisagem carbonizada e a fauna devastada são testemunhas silenciosas de um problema que precisa ser enfrentado com urgência.