
Pirassununga acordou com um problema sério — e fedorento. Na calada da noite de quarta-feira, ladrões resolveram furtar nada menos que 40 metros de cabos de energia elétrica da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Jardim das Laranjeiras. O resultado? Uma bagunça generalizada.
Sem energia, a estação simplesmente parou. E quando uma ETE para, a coisa fica preta — ou melhor, marrom. Os esgotos brutos, que deveriam ser tratados, começaram a ser despejados diretamente no Rio Mogi Guaçu, um dos mais importantes da região. Imagina só o estrago.
Corrida Contra o Relógio (e o Fedor)
A Sabesp, responsável pelo serviço, não perdeu tempo. Assim que descobriram o problema, às 7h da manhã de quinta-feira, as equipes técnicas foram acionadas. O trabalho é complexo: primeiro, religar a energia de forma emergencial usando geradores. Depois, a parte mais chata: refazer toda a fiação furtada.
— É um prejuízo duplo — comenta um técnico que preferiu não se identificar. — Além do custo do reparo, temos o dano ambiental, que é incalculável. Esses cabos valem alguns milhares no ferro-velho, mas o estrago no rio... isso ninguém consegue pagar.
O Rio Chora (e a População Também)
Enquanto a Sabesp tenta resolver a situação, o Mogi Guaçu segue recebendo dejetos não tratados. Apesar de a empresa afirmar que está monitorando a qualidade da água, moradores ribeirinhos já relatam mudanças na coloração e, claro, no cheiro.
— É um absurdo! — desabafa Maria Silva, dona de casa que vive às margens do rio. — Todo mundo sabe que roubar é errado, mas fazer isso e ainda prejudicar nosso rio... não tem perdão.
A Polícia Civil já foi acionada e investiga o caso. Afinal, furtar cabos de infraestrutura essencial não é apenas um crime contra o patrimônio — é um crime contra a saúde pública e o meio ambiente. E olha, ninguém merece acordar com cheiro de esgoto no nariz, né?