
Parece que o relógio do planeta está correndo mais rápido do que a burocracia internacional. Enquanto cientistas batem na tecla que 2025 é um ano crucial para evitar catástrofes climáticas, apenas 27 países — sim, você leu certo, vinte e sete — tiveram a decência de enviar suas metas atualizadas de redução de emissões para a ONU.
E olha que o prazo final é fevereiro do ano que vem! Parece brincadeira, mas infelizmente não é. Aquele papo de "salvar o planeta" que todo mundo repete como mantra? Bem... na prática, a coisa tá mais pra "deixa pra amanhã".
O jogo das cadeiras climáticas
Dos 195 signatários do Acordo de Paris, só 14% se mexeram. E sabe o que é pior? Entre os grandes poluidores — aqueles que realmente fazem diferença —, o silêncio é quase ensurdecedor. China, Estados Unidos, Índia... cadê vocês?
"Ah, mas o processo é complexo", dirão alguns. Complexo, sim. Impossível? Nem de longe. A verdade é que falta vontade política — e sobra procrastinação.
O que está em jogo na COP30?
- Manter o aquecimento abaixo de 1,5°C (já estamos em 1,2°C, pra variar)
- Evitar que pequenos países insulares virem memória geográfica
- Garantir que nossos netos não nos amaldiçoem no futuro
O Brasil, pelo menos, está entre os que cumpriram o dever de casa — mas convenhamos, com a Amazônia na jogada, era o mínimo. Agora, o resto do mundo precisa acordar desse torpor climático antes que o despertador soe tarde demais.
Enquanto isso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, deve estar tendo mais insônia que universitário em semana de prova. E com razão.