
Quem diria que uma cidade ribeirinha no coração da Amazônia se tornaria o epicentro da discussão climática global? Pois é, Belém tá botando pra quebrar — e como! — nos preparativos para a COP30 em 2025.
Da palafita ao glamping: a revolução hoteleira amazônica
Enquanto alguns ainda imaginam a capital paraense como aquela cidade sonolenta de ruas estreitas, os moradores já estão reinventando o conceito de hospedagem. Pense numa mistura do charme histórico com inovações que até o Elon Musk aprovaria:
- Hotéis-flutuantes com tecnologia de dessalinização da água do rio (sim, dá pra tomar banho sem cheiro de matupiri!)
- Pousadas comunitárias onde os hóspedes aprendem a fazer açaí antes do café da manhã
- Alojamentos em árvores — nada daqueles treehouses de Instagram, mas estruturas indígenas modernizadas
"A gente tá mostrando que sustentabilidade não é só discurso", conta Mariazinha, dona de uma pousada que usa energia solar e bioarquitetura. "Até os banheiros são experiência cultural aqui — com direito a explicação sobre os banhos de cheiro tradicionais."
O pulo do gato (ou melhor, do boto)
O que mais impressiona é como a cidade resolveu o dilema dos grandes eventos: acomodar milhares sem destruir o que há de autêntico no lugar. Em vez de megaresorts, optaram por:
- Capacitar moradores para receber hóspedes (com cursos que vão desde inglês básico até gastronomia com ingredientes locais)
- Criar um sistema de transporte fluvial que reduz em 40% as emissões comparado aos ônibus tradicionais
- Transformar espaços subutilizados — como antigos armazéns do Ver-o-Peso — em alojamentos temporários cheios de personalidade
Não é à toa que já tão chamando Belém de "Davos da Selva" — mas com muito mais sabor e menos blá-blá-blá corporativo.
E os desafios? Claro que existem...
Entre um tacacá e outro, os organizadores admitem: "Tá sendo um parto, mas dos que valem a pena". A infraestrutura de internet ainda patina em alguns pontos, e convencer os mais tradicionais a abraçar a mudança não tá sendo moleza.
Mas como diz o velho ditado amazônico: "Quando a maré sobe, todos os barcos se levantam". E parece que Belém tá mesmo surfando na crista da onda da inovação sustentável — quem viver, verá!