
Não é todo dia que a paisagem paradisíaca de Copacabana ganha um contraste tão triste. Na manhã desta segunda-feira (21/07), banhistas e ambulantes se depararam com uma cena que tirou o fôlego: uma baleia — sim, uma daquelas gigantes gentis — jazia sem vida na areia, como se o mar tivesse devolvido algo que não queria mais.
Ninguém sabe ao certo como ela foi parar ali. Será que foi a maré? Uma doença? Ou algo mais sombrio, como colisão com embarcações — que, diga-se de passagem, têm sido um problema frequente nessas águas? Os biólogos do Instituto Boto Cinza já estão no local, de luvas e prancheta, tentando desvendar o mistério. E olha, não é trabalho fácil: o animal media impressionantes 12 metros. Um titã que agora virou quebra-cabeça científico.
O que se sabe até agora?
Primeiro, os detalhes óbvios: era uma baleia-da-espécie-X (os especialistas ainda não confirmaram qual, mas pelas barbatanas, suspeita-se de uma jubarte). Segundo, ela já estava morta há algumas horas quando foi encontrada — o cheiro, ah, o cheiro não deixava dúvidas. E terceiro: a cena atraiu tanto curiosos quanto ambientalistas indignados. "Isso aqui é um alerta", gritava uma senhora de chapéu de palha, enquanto filmava com o celular. E ela não está errada.
Aliás, você sabia que só em 2024, mais de 30 baleias apareceram mortas no litoral brasileiro? Pois é. A maioria por causas naturais, claro, mas algumas... bem, algumas tinham marcas de redes de pesca ou até mesmo plástico no estômago. Dá pra acreditar? A gente trata o oceano como lixeira e depois se surpreende quando ele devolve o "presente".
E agora, o que vai acontecer?
O protocolo é claro: necropsia no local (sim, vai ter que ser ali mesmo, sob tendas), coleta de amostras e, depois, o corpo será rebocado para alto-mar. "Enterro no mar é o mais indicado", explica o biólogo Marcelo Carvalho, enquanto ajusta os óculos embaçados pelo calor. "Devolver ela ao ecossistema é a forma mais digna."
Enquanto isso, turistas tiram selfies. Crianças perguntam se "a baleia vai voltar a nadar". E o mar, esse velho sábio, continua batendo na areia — indiferente, ou talvez não. Quem sabe ele não está só nos dando mais uma chance de prestar atenção?