Bahia lança sistema inovador para proteger abelhas e evitar desaparecimento — entenda como funciona
Bahia monitora mortes de abelhas com tecnologia inovadora

Imagine um mundo sem café da manhã com mel, sem frutas suculentas e sem aquela cor vibrante nos campos. Pois é, as abelhas — essas pequenas gigantes da natureza — estão sumindo, e a Bahia decidiu agir antes que seja tarde demais.

O que está acontecendo?

Desde segunda-feira (3), o estado conta com um sistema digital de monitoramento que parece saído de um filme de ficção científica. Só que, em vez de naves espaciais, o alvo são as nossas queridas polinizadoras. A plataforma, batizada de Takta (que em tupi-guarani significa "vigilante"), vai rastrear cada caso de morte em massa desses insetos.

"É como um prontuário médico, mas para abelhas" — explica um técnico do projeto, enquanto ajusta os óculos. A ferramenta permite que apicultores, agricultores e até você (sim, cidadão comum!) reportem incidentes em tempo real.

Por que isso importa?

  • 70% das culturas agrícolas dependem das abelhas
  • Nos últimos 5 anos, a Bahia perdeu colmeias equivalentes a 300 campos de futebol
  • O uso indiscriminado de agrotóxicos lidera as causas de mortes

O sistema não é só um formulário online chato. Ele cruza dados meteorológicos, mapas de cultivo e até a localização de postos de venda de pesticidas. Quando vários casos aparecem numa mesma região? Bum! — alerta vermelho para as autoridades agirem.

E agora, José?

Enquanto alguns estados ainda discutem se abelhas são importantes, a Bahia colocou a mão na massa — ou melhor, no mel. A iniciativa partiu de uma parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente e universidades locais, que já treinaram 150 agentes ambientais.

"Não adianta só chorar o leite derramado" — brinca Maria Santos, apicultora há 20 anos. Ela foi uma das primeiras a testar o app e garante: "Agora quando minhas abelhas adoecerem, vou saber porquê e como evitar que aconteça de novo".

E tem mais: os dados serão públicos. Quer dizer, qualquer pesquisador, jornalista ou curioso poderá acompanhar esse termômetro ecológico em tempo real. Afinal, como dizem por lá, "abelha morta, alerta ligado".