
Em um cenário onde a preservação ambiental se torna cada vez mais urgente, apenas cinco frigoríficos aderiram ao Protocolo Ambiental do Cerrado no último ano. O dado, que revela a baixa participação do setor, acende um alerta sobre os desafios para conter o desmatamento e promover práticas sustentáveis na região.
O que é o Protocolo Ambiental do Cerrado?
O protocolo é uma iniciativa que busca incentivar empresas do setor frigorífico a adotarem medidas para reduzir o impacto ambiental, especialmente no bioma do Cerrado, um dos mais ameaçados pelo avanço da agropecuária.
Por que a adesão é tão baixa?
Especialistas apontam diversos fatores para a baixa adesão:
- Falta de fiscalização: Muitas empresas não veem motivos para aderir sem uma cobrança mais rigorosa.
- Custos: A implementação de práticas sustentáveis pode aumentar os gastos operacionais.
- Pressão do mercado: Algumas empresas priorizam a competitividade em detrimento da sustentabilidade.
Impactos da baixa adesão
A pouca participação no protocolo pode agravar problemas como:
- Desmatamento ilegal
- Perda de biodiversidade
- Conflitos por terras
- Danos à imagem do setor frigorífico brasileiro no exterior
O Cerrado, conhecido como a "caixa d'água do Brasil", é fundamental para o equilíbrio ambiental do país, e sua preservação é essencial para garantir recursos hídricos e climáticos estáveis.
O que pode ser feito?
Para reverter esse quadro, especialistas sugerem:
- Maior engajamento do governo com políticas de incentivo
- Pressão de consumidores e investidores por práticas sustentáveis
- Fortalecimento de mecanismos de rastreabilidade da cadeia produtiva
Enquanto isso, a responsabilidade ambiental continua sendo um desafio para o setor frigorífico e para toda a sociedade.