
Parece até exagero de filme catastrófico, mas a realidade é mais assustadora. Imagina sumir com um país inteiro do mapa? Pois é exatamente isso que aconteceu com a cobertura verde da nossa Amazônia nas últimas quatro décadas. Dá pra acreditar?
Os números são de cair o queixo – e não num bom sentido. Entre 1985 e o ano passado, a floresta viu simplesmente 10,3% de sua vegetação nativa virar pó. Traduzindo para algo mais tangível: foi-se embora uma área colossal de 55,6 milhões de hectares. Para você ter noção, é como se a França inteira, com seus alpes, vinhedos e a Torre Eiffel, tivesse sido varrida do planeta. A gente tá falando de uma das maiores tragédias ambientais do nosso tempo, e ela está acontecendo bem debaixo do nosso nariz.
O Ritmo da Destruição: Uma Máquina de Triturar Florestas
E olha, a coisa não desacelerou não. Pelo contrário. Só nos últimos cinco anos, o estrago foi equivalente a quase três milhões de campos de futebol… por ano! É um ritmo de destruição tão intenso e constante que chega a ser difícil para a cabeça assimilar. A paisagem vai mudando, o verde vai dando lugar ao marrom e ao cinza, e a gente nem sempre percebe a dimensão do que se perdeu até ver um número desses.
Não é Apenas um Problema ‘Verde’
Ah, e tem mais – quem pensa que isso é uma questão só de ‘abraçar árvore’ está redondamente enganado. O relatório, feito pela iniciativa MapBiomas, é claro: a principal culpada por essa hecatombe é a expansão desenfreada da agropecuária. A boiada, literalmente, passou – e arrasou. A atividade já ocupa nada menos que 84% de toda a área que foi desmatada na região. Um monopólio da destruição.
É um daqueles momentos que a gente para e pensa: para onde estamos indo? O que estamos priorizando? O preço de um boi, de uma saca de soja, realmente vale mais do que o ar que a gente respira, o clima que a gente depende? A conta não fecha, nem de longe.
Os dados estão aí, gritantes. Eles não mentem. Resta saber se vamos ter a coragem de ouvir e, mais importante, agir antes que sumam mais ‘Franças’ do nosso mapa. O futuro da Amazônia – e o nosso – depende disso.