Belém se prepara para sediar um dos maiores eventos globais sobre clima em 2025, mas antes disso, precisa enfrentar um desafio histórico: as enchentes que há mais de 40 anos castigam as populações das baixadas da capital paraense.
Legado de décadas de alagamentos
Enquanto a cidade se mobiliza para receber a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, moradores de bairros como Guamá, Telégrafo, Canudos e São Brás convivem com um problema crônico que se repete a cada inverno amazônico. São décadas de alagamentos que transformam ruas em rios e invadem residências.
Obras emergenciais em andamento
A Prefeitura de Belém iniciou uma série de intervenções urgentes para tentar mudar essa realidade. As obras incluem:
- Instalação de bombas de drenagem em pontos estratégicos
- Ampliação do sistema de microdrenagem
- Desassoreamento de canais e igarapés
- Melhorias na infraestrutura de escoamento pluvial
Corrida contra o tempo
Com a COP 30 marcada para novembro de 2025, as autoridades correm contra o tempo para mostrar resultados concretos. O período chuvoso na região, que vai de dezembro a maio, representa um teste crucial para as novas intervenções.
"Estamos trabalhando em várias frentes para minimizar um problema que é histórico na cidade", explica um representante da prefeitura. "A COP 30 nos dá um prazo, mas a solução definitiva é um compromisso com a população que vive nessas áreas há gerações."
Expectativa da população
Moradores das baixadas acompanham as obras com esperança, mas também com ceticismo. Muitos relatam que convivem com as enchentes desde a infância e já viram diversas promessas de solução não se concretizarem.
As intervenções atuais representam não apenas uma preparação para um evento internacional, mas uma oportunidade real de transformar a qualidade de vida de milhares de pessoas que há décadas enfrentam as consequências das chuvas intensas na capital paraense.