
Numa cena que parecia saída de um filme — mas era pura realidade — uma capivara desastrada virou a protagonista de um drama inusitado em Mato Grosso do Sul. O bicho, que devia estar só dando seus passeios rotineiros, meteu os pés pelas mãos e acabou num buraco de obra. E não era qualquer buraco: uma fossa profunda, daquelas que até gente com vertigem sentiria frio na barriga.
Por sorte, os heróis do dia usavam farda verde. A equipe da Polícia Militar Ambiental chegou como um socorro divino quando alguém avisou sobre o apuro do roedor gigante. Imagina só a cena: o animal, todo desengonçado, tentando escalar paredes de concreto como se fosse o King Kong em miniatura.
Operação resgate: técnica e suor
Os policiais — que claramente não estavam no primeiro rodeio — montaram uma estratégia digna de cinema. Cordas, técnicas especiais e muita paciência. Capivara não é gato, não sai no colo com facilidade. Demorou quase meia hora de manobras cuidadosas até o bicho estar seguro em terra firme.
"Ela estava assustada, mas incrivelmente intacta", contou um dos resgatistas, ainda ofegante. Depois do susto, veio o alívio: exames rápidos mostraram que a aventureira só precisava mesmo era de um banho e talvez umas folhas frescas para se recompor.
E a moral da história?
Esse caso todo levanta uma questão que a gente sempre esquece: como a urbanização atropela a vida selvagem. Fossas abertas, construções sem proteção — são armadilhas invisíveis para animais que só estão tentando sobreviver no seu próprio habitat.
Os policiais ambientais, esses anjos da guarda da fauna, deixaram o recado: "Obras precisam ter cuidado redobrado, especialmente perto de áreas naturais". A capivara, agora livre, provavelmente concorda — enquanto mastiga feliz alguma vegetação distante de qualquer canteiro de obras.