
Eis uma daquelas cenas que a gente nem acredita que vai ver na vida — e muito menos conseguir filmar. Na tarde de terça-feira (17), um morador do Assentamento 72, em Ladário, região de Corumbá (MS), se deparou com um visitante inusitado e de cair o queixo: um quati albino, branco como neve, caminhando tranquilamente pelo local.
O bicho, sabe? Aquele que a gente normalmente vê com uma pelagem escura, uma máscara preta característica… pois esse aí era o completo oposto. Totalmente branco, dos pés à cabeça, com uns olhos que pareciam pequenas brasas, cor de rubi. Uma visão raríssima, daquelas que até biólogo fica com inveja de testemunhar.
O vídeo, que já começou a circular nas redes sociais — e não é pra menos —, mostra o animal calmamente andando por entre a vegetação seca do cerrado. Ele não pareceu nem um pouco perturbado com a presença humana. Parou, olhou pra câmera por uns segundos (como se posasse, imagina!), e seguiu seu caminho, sumindo no mato. Coisa de cinema.
Mas por que é tão incomum?
O albinismo em quatis — ou em qualquer animal selvagem, pra ser sincero — é uma condição genética raríssima. Tipo, muito rara mesmo. Ocorre por uma deficiência na produção de melanina, que é o pigmento que dá cor à pele, pelos e olhos. O resultado? Bichos como este: completamente brancos e com olhos vermelhos ou rosados.
E olha, sobreviver na natureza com essa característica não é moleza não. A pelagem branca tira toda a camuagem natural do animal, fazendo com que ele se torne um alvo fácil para predadores. Além disso, a visão muitas vezes fica comprometida e a pele fica super sensível ao sol. É um sobrevivente nato, esse daí.
Um símbolo de sorte?
Algumas culturas acreditam que ver um animal albino é um presságio de boa sorte, uma benção da natureza. Se é verdade ou não, a gente não sabe. Mas que é um presente para os olhos, ah, isso é. Um lembrete de quanta diversidade e beleza escondida ainda existe nos cantos do nosso Pantanal.
Especialistas que viram as imagens já confirmaram: é, de fato, um quati albino. E alertam: se você tiver a sorte de esbarrar com um fenômeno desses, admire de longe. Não tente aproximar, alimentar ou — jamais — capturar. Deixe que a natureza siga seu curso. Afinal, uma raridade dessas merece todo o respeito e tranquilidade.
O vídeo já está correndo o mundo — e não é pra menos. É daquelas joias que a internet às vezes nos presenteia. Um registro único de uma vida silvestre que insiste em nos surpreender.