A renegociação do Tratado de Itaipu entre Brasil e Paraguai está no centro de um debate crucial sobre a divisão da energia excedente gerada pela usina hidrelétrica. O acordo, que completa 50 anos em 2025, define como os dois países compartilham os benefícios da maior usina do mundo em produção de energia.
O que está em jogo?
O ponto central da discussão é a repartição financeira da energia não utilizada por ambos os países. Atualmente, o Paraguai cede parte de sua quota ao Brasil a um preço abaixo do mercado, enquanto o Brasil é responsável pela operação e manutenção da usina.
Impactos para o Brasil
- Custos operacionais elevados, que podem ser revistos.
- Possibilidade de aumento no preço da energia comprada do Paraguai.
- Necessidade de garantir segurança energética para o país.
Impactos para o Paraguai
- Busca por maior autonomia na comercialização de sua quota.
- Expectativa de receber valores mais justos pela energia excedente.
- Pressão interna para melhorar a infraestrutura energética nacional.
Cenário atual e perspectivas
As negociações estão em um momento delicado, com ambos os países buscando equilibrar interesses econômicos e políticos. Enquanto o Paraguai quer maior liberdade para vender sua energia no mercado livre, o Brasil defende a manutenção do atual modelo para evitar impactos na tarifa de energia.
Especialistas alertam que qualquer mudança no tratado pode ter efeitos em cascata nas economias de ambos os países, além de influenciar o mercado energético regional.
