
Parece que o destino resolveu brincar com as expectativas do mercado energético. Numa reviravolta que deixou até os mais céticos de queixo caído, a British Petroleum (BP) — sim, aquela mesma que você vê nos postos de combustível — acaba de achar o que especialistas estão chamando de "ouro negro em quantidades épicas" na costa brasileira.
E não é exagero. Estamos falando da maior reserva descoberta no país desde 1999, um verdadeiro baú do tesouro escondido sob as águas do Atlântico. O anúncio oficial aconteceu nesta manhã, mas os bastidores dessa história são dignos de filme.
Os números que impressionam
Segundo relatórios preliminares — aqueles que fazem os olhos dos economistas brilharem —, a jazida tem potencial para produzir:
- Mais de 1 bilhão de barris de petróleo leve (do bom, daquele que vale ouro)
- Gás natural suficiente para abastecer cinco estados brasileiros por uma década
- Recursos que podem injetar US$ 80 bilhões na economia nacional
Não é à toa que os acionistas da BP já estão comemorando como torcedores em final de campeonato. O valor das ações da empresa disparou 8,7% nas bolsas europeias após o anúncio.
Onde exatamente está esse eldorado?
Ah, essa é a parte mais interessante! A descoberta aconteceu no Bloco de Sudoeste, na Bacia de Santos — aquela mesma região que já nos presenteou com o pré-sal. Só que desta vez, os engenheiros tiveram que cavar (ou melhor, perfurar) ainda mais fundo: 7.200 metros abaixo do nível do mar, um recorde para explorações no Brasil.
— "É como encontrar uma agulha num palheiro do tamanho do estádio do Maracanã", brincou um geólogo que pediu para não ser identificado. Mas a piada tem fundo de verdade: a tecnologia usada nessa prospecção é tão avançada que parece coisa de ficção científica.
E agora, o que muda?
Bom, para começar, o Brasil pode dar adeus (pelo menos por enquanto) àquela velha discussão sobre importação de combustíveis. Com essa reserva, estima-se que:
- A produção nacional pode aumentar em 30% nos próximos 8 anos
- Serão gerados mais de 100 mil empregos diretos e indiretos
- Os royalties podem encher os cofres de estados e municípios
Mas calma lá! Nem tudo são flores. Ambientalistas já estão com os cabelos em pé — e com razão. A exploração em águas ultraprofundas traz riscos que não podem ser ignorados. "É uma faca de dois gumes", alerta Marina Porto, da ONG Oceano Vivo.
Enquanto isso, no Planalto Central, o clima é de festa discreta. O governo federal, que vinha sendo criticado pela falta de novidades no setor energético, ganhou de presente um trunfo inesperado. Resta saber se saberão jogar com essas cartas...
Uma coisa é certa: o jogo do petróleo brasileiro acaba de ganhar um novo capítulo. E você pode apostar que essa história ainda vai dar muito o que falar!