
Imagine acordar com aquela mancha úmida no teto — parece que o apartamento de cima resolveu presentear você com uma "piscina improvisada". Mas quem paga o pato — ou melhor, o reparo — nessa história?
Segundo o advogado especialista em direito condominial Carlos Mendonça, a resposta não é tão óbvia quanto parece. "Depende de onde vem o problema", explica, enquanto conta que já viu casos que viraram verdadeiras novelas condominiais.
O jogo das cadeiras (molhadas)
Se o vazamento vem:
- Da unidade vizinha: O proprietário do imóvel de origem é responsável — mas só se provado que foi negligência (aquele cano que ninguém trocou há 20 anos)
- De áreas comuns: Aí o condomínio entra em cena — prepare-se para aquela reunião interminável onde todos discutem valores
- Por falha na construção: Bingo! Aí a conta pode ir para a construtora — se o prédio ainda estiver na garantia
E tem mais: "Já vi caso onde o morador de baixo teve que processar o de cima porque o cara insistia que o vazamento era 'coisa da sua imaginação'", ri o especialista, mostrando que às vezes a justiça precisa entrar em campo.
E quando ninguém assume?
Aí começa o verdadeiro cabo-de-guerra. Primeiro passo? Documentar tudo:
- Fotos do estrago (quanto mais dramáticas, melhor)
- Laudo técnico (sim, isso custa dinheiro, mas vale a pena)
- Notificação formal — nada de bilhetinho raivoso na portaria
Carlos dá a dica de ouro: "Muita gente perde direitos porque espera meses para agir. Vazamento é como dente furado — quanto mais você adia, pior fica".
E você, já passou por isso? Aposto que tem histórias piores que novela das nove para contar...