Fiscalização ambiental flagra pesca predatória durante período de reprodução
Um trio de pescadores foi surpreendido pela fiscalização ambiental praticando pesca ilegal durante o período da piracema em Marília. A ação, que ocorreu no último final de semana, resultou na aplicação de multas que somam mais de R$ 6 mil e na apreensão de todo o material utilizado na atividade irregular.
Operação de combate à pesca predatória
A fiscalização foi realizada por uma equipe especializada que atua no monitoramento de rios e lagos da região durante o período de defeso. A piracema, que se estende de novembro a fevereiro, é crucial para a reprodução das espécies nativas e a manutenção dos estoques pesqueiros.
Os agentes ambientais flagraram os três indivíduos utilizando equipamentos de pesca em desacordo com a legislação ambiental vigente. Entre os materiais apreendidos estavam:
- Varas de pesca profissionais
 - Redes irregulares
 - Iscas artificiais
 - Todo o pescado capturado
 
Valores das multas e consequências legais
As penalidades aplicadas aos infratores ultrapassaram a marca de R$ 6 mil, valor que considera a gravidade da infração cometida durante o período mais sensível para a fauna aquática. Além das multas administrativas, os envolvidos podem responder a processos criminais por crime ambiental.
"A pesca durante a piracema é um crime ambiental gravíssimo que compromete todo o ecossistema aquático da região", alertou um dos fiscais envolvidos na operação.
Importância da piracema para o meio ambiente
A piracema representa o momento de migração reprodutiva dos peixes, quando nadam contra a correnteza em direção às cabeceiras dos rios para desovar. Durante este período, a pesca é expressamente proibida na maioria dos estados brasileiros, incluindo São Paulo.
Esta medida de proteção garante:
- A reprodução das espécies nativas
 - Manutenção da biodiversidade aquática
 - Preservação dos estoques pesqueiros para as gerações futuras
 - Equilíbrio do ecossistema regional
 
Denúncias e fiscalização continuam
As operações de fiscalização continuam intensas em toda a região de Marília e cidades vizinhas. A população pode colaborar denunciando casos de pesca ilegal através dos canais oficiais dos órgãos ambientais.
A pesca predatória durante a piracema é considerada uma das maiores ameaças à sustentabilidade dos recursos pesqueiros no interior paulista, e as penalidades para quem desrespeita a legislação tendem a ser cada vez mais rigorosas.