
Numa operação que mistura faroeste moderno e crime ambiental, a Polícia Federal (PF) colocou as mãos num piloto que, segundo investigações, atuava como "ponte aérea" para garimpos ilegais em terras indígenas de Roraima. O cara — cujo nome ainda não foi divulgado — teria feito voos regulares levando de combustível a mantimentos para áreas de exploração mineral proibidas.
Detalhe curioso: a PF já vinha de olho nesse esquema há meses. Fontes ouvidas pela reportagem contam que os investigadores rastrearam padrões de voo suspeitos — rotas que não batiam com operações comerciais normais. "Era como seguir o rastro de migalhas, mas no radar", comenta um agente que pediu anonimato.
Como a operação foi deflagrada
Tudo começou com denúncias de comunidades indígenas que notavam aumento no movimento de pequenas aeronaves. Num daqueles dias quentes típicos do norte do país, fiscais do Ibama flagraram um pouso não autorizado numa clareira próxima à Terra Indígena Yanomami. Não deu outra: era o elo que faltava.
- Aeronave apreendida com equipamentos de garimpo
- Mais de 500 litros de combustível escondidos
- Documentação irregular da carga
O que chama atenção é a cara de pau. Em pleno 2025, com toda a tecnologia disponível, ainda tem gente achando que vai burlar a fiscalização como nos tempos do velho oeste. Só que agora os "cowboys" usam drones e GPS — mas a PF também.
Impacto nas comunidades
Líderes indígenas não escondem a revolta. "É como alimentar um câncer que destrói nossa terra", desabafa um cacique da região que prefere não se identificar por medo de represálias. E não é pra menos: além do dano ambiental, esses garimpos clandestinos trazem violência e doenças para as aldeias.
Por falar nisso, você sabia que um único garimpo ilegal pode contaminar rios inteiros com mercúrio? E adivinha quem sofre primeiro: as crianças das comunidades tradicionais. Enquanto isso, alguns poucos lucram às custas da destruição.
Agora a PF promete "apertar o cerco". Resta saber se essa operação é apenas a ponta do iceberg ou se vai mesmo cortar o mal pela raiz. Afinal, garimpo ilegal em terra indígena não é brincadeira — é crime federal com pena de até 10 anos de cadeia.