
Imagine trabalhar num lugar onde o ar que você respira pode te deixar doente. Foi exatamente o que aconteceu com funcionários de uma propriedade rural em Itupeva, no interior de São Paulo. A suspeita de que algo estava muito errado começou justamente com relatos de intoxicação entre os trabalhadores – e caramba, como estavam certos.
A Polícia Civil, seguindo essas pistas, botou a mão na massa e descobriu um esquema sinistro operando dentro de um galpão industrial na Avenida 21 de Março. Não era uma fábrica comum, não. Lá, produziam agrotóxicos piratas, sem qualquer controle ou preocupação com a saúde de quem ia usar aquilo.
Operação apreende toneladas de veneno irregular
Quando os policiais chegaram, se depararam com uma cena digna de filme: mais de quatro toneladas de agrotóxicos prontos para serem vendidos ilegalmente. E não era pouco produto não – tinham quase sete mil litros
Os caras trabalhavam com tudo organizado: máquinas de encher embalagens, equipamentos de pesagem e um estoque absurdo de ingredientes perigosos. Tudo isso funcionando a pleno vapor, sem a menor autorização, é claro.
Riscos à saúde e ao meio ambiente
O perigo desses produtos ilegais é gigantesco. A gente tá falando de químicos que podem:
- Envenenar solos e fontes de água por anos
- Causar doenças graves em quem manipula sem proteção
- Contaminar alimentos que vão parar na mesa das famílias
- Provocar danos irreversíveis à saúde dos agricultores
E o pior: como não seguem nenhum padrão de qualidade, ninguém sabe direito o que tem dentro dessas misturas perigosas.
Dois presos e investigação em andamento
Em flagrante delito, dois homens foram detidos no local. Agora, eles respondem por crimes ambientais e por produção e venda de produtos agrotóxicos sem autorização. A coisa é séria – pode dar até cadeia.
A delegada Taís Cristina de Lima, que coordenou a operação, foi direta: "Estamos investigando toda a rede envolvida nesse esquema, incluindo quem comprava esses produtos sabendo que eram irregulares". Ou seja, a investigação não para por aqui.
O material apreendido foi todo enviado para análise pericial. Vão verificar a composição exata desses venenos e o potencial de estrago que eles poderiam causar. Enquanto isso, a população rural da região respira aliviada – literalmente.