Ibama Despeja R$ 7 Milhões em Multas e Embarga Resort de Luxo e Loteamentos Irregulares no Pará
Ibama multa em R$ 7 mi e embarga resort irregular no Pará

Parece que a farra da especulação imobiliária em áreas protegidas do oeste do Pará acabou de levar um golpe duro. E olha, não foi pouco não.

O Ibama — sim, aquele mesmo que não tá pra brincadeira — aplicou nada menos que R$ 7 milhões em multas e decretou embargo total a um resort de luxo e vários loteamentos irregulares nos municípios de Santarém e Belterra. A operação, diga-se de passagem, foi implacável.

O que exatamente aconteceu?

Bom, vamos por partes. A área embargada não é qualquer uma, viu? São mais de 240 hectares dentro de uma Área de Proteção Ambiental (APA) — justamente onde a lei manda preservar, e não construir piscinão e casa de luxo.

Os responsáveis pelos empreendimentos simplesmente resolveram ignorar… tudo. Normas ambientais? Que isso. Licenças? Dispensável. Até mesmo a documentação fundiária era inexistente ou, quando existia, cheirava mal. Muito mal.

Os números da operação

Além da multa colossal de R$ 7 milhões, o Ibama embargou:

  • Um resort com estrutura de luxo — piscina, deck, o pacote completo;
  • Vários loteamentos residenciais irregulares;
  • E ainda identificou indícios fortes de grilagem de terras públicas. Aquela velha história de se achar dono do que é de todos.

Não é de hoje que a região sofre com esse tipo de pressão. A floresta em pé vale menos, na visão de alguns, que um condomínio fechado ou um empreendimento turístico. Só que, dessa vez, a conta chegou.

E agora, o que vai acontecer?

Com o embargo, tá proibido qualquer tipo de obra, venda ou publicidade dos lotes. Ou seja: trave total. Quem comprou terreno nesses loteamentos, possivelmente de boa-fé, agora se vê num rolo das bravas.

E tem mais. Como a área é de proteção ambiental, os infratores podem ser obrigados a recompor a vegetação nativa que foi removida. Traduzindo: além de pagar multa, vão ter que plantar árvore. Muita árvore.

Parece dramático? Mas é necessário. A Amazônia não é quintal de ninguém — muito menos balcão de negócios de grileiro.

E você, o que acha? Será que medidas como essa são suficientes para frear a destruição ou é só mais uma operação que vai esbarrar na morosidade da Justiça?