Parece que o céu esqueceu de chorar sobre o Acre. O Rio Acre, vital para o transporte e a subsistência de milhares de pessoas, está secando feito poeira no sertão — e a situação tá feia, viu? Nesta segunda-feira (28), o nível d'água despencou para menos de 5 metros, marca que não se via há tempos.
Quem depende do rio pra trabalhar tá com a corda no pescoço. "Nem pra levar uma sacola de farinha direito", reclama Raimundo, barqueiro há 20 anos, enquanto aponta pro fundo do barco quase raspando no leito seco. As embarcações maiores? Esquece. Tiveram que parar tudo, deixando comunidades isoladas e mercadorias apodrecendo nos portos.
Efeito dominó na região
Não é só o comércio que sofre:
- Produtores rurais pagam até 3x mais no frete terrestre
- Escolas ribeirinhas cancelaram aulas por falta de transporte
- Postos de saúde ficaram sem medicamentos essenciais
E olha que a previsão não anima: os meteorologistas tão vendo aí mais 15 dias sem uma gota sequer. "Quando chove, é só uma garoazinha que evapora antes de chegar no chão", diz Maria, dona de um pequeno comércio em Feijó.
O que dizem as autoridades?
O governo estadual prometeu — de novo — um plano emergencial, mas até agora só saiu papel. Enquanto isso, os ribeirinhos se viram como podem: "A gente tá virando sapo, pulando de galho em galho", brinca (ou não) o pescador João Batista, mostrando como adaptou seu pequeno barco pra navegar no raso.
Uma coisa é certa: se não chover logo, o prejuízo vai muito além da economia. É cultura, é tradição, é vida que seca junto com o rio. E você, acha que essa crise hídrica vai virar rotina no Norte do país?
