La Niña está de volta? O mundo continua um forno, alerta Organização Meteorológica
La Niña volta, mas calor extremo não dá trégua

Parece que o planeta decidiu virar um forno elétrico — e não está nem aí para nossos termostatos mentais. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) acaba de soltar um relatório que, bem, não é exatamente uma leitura relaxante para uma tarde de terça-feira.

Olha só que coisa: existe uma chance de 50% de a La Niña dar as caras entre setembro e novembro. Mas — e é um mas bem grande — isso não significa que vamos ter alívio do calorão que vem nos assombrando. Na verdade, a OMM é bem clara: o calor acima da média vai continuar firme e forte, mesmo com a possível chegada da menina climática.

Não é surpresa para ninguém, certo? Julho de 2025 entrou para a história — e não foi do jeito bom. Foi o mês mais quente já registrado no planeta. Sim, você leu direito. O mais quente. De todos.

E por que a La Niña não vai nos salvar?

Boa pergunta. Acontece que esses fenômenos naturais (La Niña e seu irmãozão, El Niño) já não brincam mais no mesmo playground de antes. As mudanças climáticas entraram no jogo e mudaram totalmente as regras. A tendência de aquecimento de longo prazo — aquela que a gente mesmo causou — está basicamente dando um chega pra lá nos efeitos de resfriamento da La Niña.

É como tentar apagar um incêndio florestal com um borrifador de plantas. Pode ajudar uma coisinha ou outra? Talvez. Mas resolver mesmo? Nem de longe.

O secretário-geral da OMM, Celeste Saulo, mandou a real: "O calor oceânico recorde e as temperaturas extremas em terra não vão simplesmente desaparecer por causa do desenvolvimento da La Niña". Traduzindo: a febre do planeta não vai baixar tão cedo.

E no Brasil? Como fica a situação?

Ah, o Brasil… sempre no meio da bagunça climática, não é? Com a La Niña, a previsão é que a Região Sul sofra com secas mais intensas — o que, convenhamos, não é nada bom para a agricultura. Já o Norte e Nordeste podem ver chuvas acima do normal. Mais uma vez, o país vai sentir na pele os extremos do clima.

Mas olha, isso não é exclusividade nossa. O relatório global mostra que todo mundo está no mesmo barco — e o barco está esquentando. Ondas de calor, eventos extremos, padrões climáticos bagunçados… o pacote completo das mudanças climáticas está sendo entregue na porta de todo mundo.

O pior? A gente já sabia que isso ia acontecer. Os cientistas vêm avisando há décadas. Mas parece que preferimos aprender na marra — suando, literalmente.

Enquanto isso, a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera não para de bater recordes. O calor dos oceanos segue absurdamente alto. E o gelo marinho antártico? Bem, ele está simplesmente desaparecendo em níveis preocupantes.

Pensando bem, talvez seja hora de repensarmos aquela ideia de que "um dia esquentou, outro day esfria". Porque os dados — e a sensação térmica na nossa pele — mostram que a conta chegou. E veio com juros altíssimos.