
Quem diria que um simples mês de julho pudesse virar tema de conversa em todo o estado? Pois é, o Sul de Santa Catarina viveu dias que pareciam saídos de um filme apocalíptico — e não, isso não é exagero.
Enquanto o resto do país reclamava do "frio" de 18°C, os catarinenses da região sul enfrentaram algo digno da Sibéria: termômetros marcando -8,6°C em Bom Jardim da Serra. Sim, você leu certo — negativo! Nem os mais antigos moradores lembravam de algo parecido.
O mês que desafou a lógica
Julho começou com tudo (ou melhor, com nada):
- Dias sem ver uma gota de chuva — em pleno inverno!
- Geadas tão intensas que pareciam neve
- Um ciclone extratropical que resolveu dar as caras no dia 1°
E olha que interessante: enquanto o litoral sofria com ventos de até 90 km/h, o interior virou um freezer a céu aberto. Quem diria que um mesmo estado poderia ter dois extremos ao mesmo tempo?
O ciclone que ninguém esperava
Parece coisa de filme, mas foi real. No primeiro dia do mês, um ciclone extratropical resolveu fazer uma visita não muito agradável. Resultado? Ventania para todo lado, árvores arrancadas e um belo susto na população.
— Foi coisa de louco! — contou um morador de Laguna, que preferiu não se identificar. — Parecia que o telhado ia voar a qualquer momento.
Secura que preocupa
Se tem uma coisa que deixou os agricultores de cabelo em pé foi a falta d'água. Choveu 70% menos que o normal em algumas áreas. Para piorar, as geadas noturnas queimaram o que sobrou das plantações.
"Tem lavoura de maçã que perdeu quase tudo", lamentou um produtor de São Joaquim, enquanto mostrava os galhos secos. Difícil não sentir um aperto no coração.
E o que dizem os especialistas?
Segundo a Epagri/Ciram, esse julho foi mesmo fora do comum. A combinação de:
- Massa de ar polar intensa
- Ausência de sistemas frontais
- Formação do tal ciclone
... criou o cenário perfeito para esse caos climático. E olha que eles avisam: "Pode ser só o começo de um padrão que se repita nos próximos anos". Assustador, não?
Enquanto isso, os catarinenses já começam a se perguntar: "E agora, agosto?" Só nos resta torcer — e, claro, estocar mais um pouco de lenha e cobertores.