
Quem acordou em Garanhuns nesta sexta-feira (19) precisou de mais do que um café quente para espantar o frio — precisou de um casaco pesado, luvas e, quem sabe, até um aquecedor. A cidade, conhecida como a "Suíça Pernambucana", registrou incríveis 8,1°C, a temperatura mais baixa dos últimos 26 anos!
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o último recorde parecido havia sido em 1999, quando os termômetros marcaram 7,8°C. "Parecia que estava em Curitiba", brincou a aposentada Maria do Carmo, 68 anos, enquanto ajustava seu xale de lã. "Até meu cachorro, o Thor, tava tremendo feito vara verde!"
O que explica esse frio todo?
Os meteorologistas apontam três fatores principais:
- Uma massa de ar polar mais intensa que o normal
- A altitude da cidade (cerca de 900m acima do nível do mar)
- O céu limpo durante a madrugada, que facilitou a perda de calor
E tem mais: nas áreas rurais próximas, como o distrito de São Pedro, os termômetros chegaram a marcar 5,3°C — frio suficiente para formar aquela geada fina nas plantações, deixando o cenário parecendo um cartão postal alpino (só que com pés de milho no lugar dos pinheiros).
Efeitos do frio recorde
Enquanto os turistas adoraram — "Finalmente um clima digno das minhas fotos do Instagram!", comemorou um visitante do Rio —, os vendedores de caldo de cana tiveram que improvisar. "Vendi mais chocolate quente hoje que em todo inverno passado", contou Seu José, dono de uma barraca no Parque Euclides Dourado.
Nas escolas, a diretoria liberou os alunos do uniforme — desde que viessem agasalhados. Já no Hospital Regional, aumentaram os casos de gripes e resfriados. "É importante se hidratar e evitar mudanças bruscas de temperatura", alertou a enfermeira Fátima Lima.
Para os próximos dias? A previsão é de que as temperaturas subam levemente, mas ainda permaneçam abaixo da média histórica para julho. Melhor manter os casacos à mão — porque em Garanhuns, quando o frio chega, ele gosta de fazer história!