Quem achou que Cuiabá tinha virado Curitiba pode respirar aliviado. Depois de dias de cobertores e casacos pesados — coisa rara na capital mato-grossense —, o termômetro começa a subir lentamente. Aquele friozinho que chegou de repente (e deixou todo mundo desconfiado) está começando a bater em retirada.
Segundo os meteorologistas, a massa de ar polar que transformou a cidade num "freezer a céu aberto" está enfraquecendo. Mas calma lá! Não espere voltar àqueles 40°C tão cedo. A transição será gradual, como um botão de volume sendo aumentado devagar.
Como ficam os próximos dias?
Nesta quinta-feira (31), os termômetros ainda vão marcar entre 14°C e 28°C — nada comparado ao calor habitual, mas já bem mais tolerável que os 12°C da terça-feira. Quem acordou achando que ia virar picolé pode guardar o casacão mais grosso no armário.
- Sexta-feira (1°): Mínima de 16°C e máxima de 30°C — já dá pra pensar em tirar o moletom
- Sábado (2): Entre 18°C e 32°C — quase normal pra época
- Domingo (3): O calor começa a mostrar as caras de novo: 20°C a 34°C
"É como se a natureza tivesse apertado o botão 'pause' no inferno cuiabano", brinca o meteorologista João Silva, do Instituto Nacional de Meteorologia. Segundo ele, essa foi uma das ondas de frio mais intensas dos últimos 10 anos na região.
E o tal do friozinho vai embora mesmo?
Parece que sim, mas com ressalvas. A previsão para a próxima semana já mostra máximas chegando perto dos 36°C — típico do inverno cuiabano, que mais parece verão em qualquer outro lugar. A umidade relativa do ar, que chegou a níveis confortáveis (algo raro por lá), também deve cair novamente.
Moradores mais antigos contam que não viam temperaturas tão baixas desde 2013. "Até os iguanas do Parque Mãe Bonifácia estranharam", diverte-se a aposentada Maria Fernandes, 68 anos, enquanto aproveita para tomar seu chimarrão na Praça da República — cena incomum na cidade conhecida pelos tererés gelados.
Dica: Aproveite enquanto dura! Esse alívio térmico deve ser passageiro. Em duas semanas, provavelmente estaremos reclamando do calor outra vez — porque reclamar do clima em Cuiabá é quase um esporte nacional.
