Era pra ser o achado do século — uma pedra que parecia cair direto do espaço, mas virou pura decepção. Moradores de um sítio em Curral, interior de Minas, quase entraram em parafuso quando acharam uma rocha estranhíssima no meio do pasto. "Parecia coisa de filme", contou um dos donos, que preferiu não se identificar.
Mas calma lá, caubóis do cosmos! Depois de rodar de mão em mão — primeiro no bombeiro, depois no instituto de geologia —, a tal "relíquia espacial" mostrou a cara. Zero de meteorito. Só mais uma velha conhecida da Terra, dessas que a gente pisa e nem nota.
O veredito dos cientistas
Os caras de jaleco branco meteram o louco nos exames: espectrometria, análise química, até raio-X. Resultado? Uma rocha sedimentar comum, daquelas que se formam há milhões de anos quando rios antigos depositavam sedimentos. Nada de níquel ou ferro vindos do espaço sideral. (Parece até história de pescador, né?)
O geólogo responsável pela análise, Dr. Carlos Mendonça, explicou com paciência de professor: "Quando a gente vê uma rocha escura e pesada, o primeiro impulso é achar que veio de outro planeta. Mas a natureza prega peças — às vezes é só basalto ou magnetita, minerais bem terrestres."
E aí, ficou chateado?
Os donos do terreno até que levaram na esportiva. "Melhor assim", brincou um deles, "se fosse mesmo meteorito, ia virar bagunça aqui com tanto curioso." Mas confessa: já tinham até pensado em cobrar ingresso pra visitação...
Pra quem ainda tá com a pulga atrás da orelha — sim, meteoritos existem e já caíram no Brasil (lembra do Bendegó, na Bahia?). Mas dessa vez, foi só falsa alarme. A lição que fica? Nem tudo que reluz no pasto é estrela cadente!
