
Imagine uma criatura colossal, do tamanho de um prédio de três andares, vagando pelas terras onde hoje é o Maranhão. Pois é — e agora você pode ver de perto os vestígios desse gigante!
Os fósseis do que especialistas acreditam ser o maior dinossauro já encontrado no estado estão em exposição no Centro Cultural Vale Maranhão, em São Luís. E olha só: não são só ossos poeirentos. A mostra traz reconstruções realistas que dão arrepios (do bom tipo).
Descoberta que mudou o jogo
Tudo começou quando um fazendeiro — sim, um cara comum — tropeçou em algo "estranho" enquanto capinava em 2019. "Pensei que era madeira petrificada", contou ele, rindo da própria ingenuidade. Mal sabia que havia achado a pista para reescrever a pré-história regional.
Paleontólogos levaram dois anos escavando com pincéis (sim, como nos filmes) para extrair cerca de 60% do esqueleto. E os números impressionam:
- Fêmur de 1,8 metro — quase minha altura!
- Peso estimado: 15 toneladas, equivalente a 3 elefantes africanos
- Viveu há aproximadamente 110 milhões de anos
"Não é um titanossauro comum"
O Dr. Carlos Ribeiro, coordenador da pesquisa, explica com entusiasmo infantil: "As vértebras têm características únicas — parece que esse cara desenvolveu adaptações específicas para o clima úmido da época". Detalhe curioso? Marcas nos ossos sugerem brigas épicas com crocodilos pré-históricos.
A exposição — que já está sendo chamada de "o maior evento paleontológico do Norte-Nordeste" — inclui até uma experiência de realidade aumentada. Basta apontar o celular para certas peças e voilà: o bichão ganha vida na sua tela, rugindo como se tivesse escapado de Jurassic Park.
E tem mais: aos sábados, crianças podem participar de "escavações simuladas" numa área especial. "Queremos despertar novos cientistas", diz a curadora Ana Beatriz, enquanto ajusta o crânio reconstruído que, diga-se, parece observar os visitantes com ar cômico.
Vai ficar de fora dessa viagem no tempo? A mostra fica em cartaz até novembro, com ingressos a preços populares. Só não espere ver ossos enfadonhos em vitrines — essa experiência é mais Indiana Jones que aula de biologia.