Estudante do Amapá brilha na maior feira de ciências do mundo com fertilizante sustentável de camarão
Estudante do Amapá ganha prata com fertilizante de crustáceos

Uma jovem cientista do Amapá está colocando o Brasil no mapa da inovação sustentável. Larissa Cardoso, estudante de 17 anos, conquistou a medalha de prata na maior feira de ciências do mundo, a Intel ISEF, com um fertilizante natural feito a partir de resíduos de crustáceos.

Do lixo ao luxo: a transformação dos resíduos

A pesquisa inovadora da estudante aproveita cascas de camarão e outros crustáceos que normalmente seriam descartados pela indústria pesqueira. "Percebi que toneladas desses resíduos eram jogadas fora todos os dias, enquanto os agricultores gastavam fortunas com fertilizantes químicos", explica Larissa.

Seu projeto demonstra como é possível transformar esse "lixo" em um adubo orgânico de alta eficiência, rico em nutrientes essenciais para as plantas.

Dupla vitória: ambiental e econômica

O fertilizante desenvolvido pela jovem pesquisadora representa uma solução com benefícios em duas frentes:

  • Redução do impacto ambiental: Diminui a contaminação causada pelo descarte inadequado dos resíduos de crustáceos
  • Economia para agricultores: Oferece uma alternativa mais barata aos fertilizantes convencionais
  • Agricultura mais saudável: Produto 100% natural, sem componentes químicos agressivos

Reconhecimento internacional

A conquista na Intel ISEF, considerada a "Copa do Mundo da Ciência escolar", coloca Larissa entre os jovens cientistas mais promissores do planeta. A feira reuniu mais de 1.800 estudantes de 80 países diferentes.

"Estou muito feliz por mostrar que mesmo vindo de um estado da Amazônia, podemos desenvolver pesquisas de alto nível e competir com os melhores do mundo", comemora a estudante.

Próximos passos

Com a premiação, Larissa agora busca parcerias para transformar sua pesquisa em um produto comercialmente viável. "Quero que meu fertilizante chegue aos pequenos agricultores da região, ajudando tanto o meio ambiente quanto a economia local", planeja a jovem cientista.

O sucesso da estudante amapaense serve de inspiração para outros jovens brasileiros e demonstra o potencial da ciência nacional quando aliada à criatividade e ao compromisso com a sustentabilidade.