
Quem nunca assistiu a Jurassic Park e arrepiou com aqueles rugidos ensurdecedores? Pois é, parece que a realidade pode ter sido bem diferente — e, convenhamos, até um tanto engraçada.
Um estudo recente, publicado por uma equipe internacional de paleontólogos, sacudiu as certezas que tínhamos sobre como os dinossauros se comunicavam. Em vez daquele barulho de monstro saído de um filme B, eles provavelmente... piaram. Isso mesmo, como um passarinho!
Afinal, como soavam os dinossauros?
Os pesquisadores analisaram estruturas vocais fossilizadas de espécies próximas aos dinossauros — as aves modernas e os crocodilos. E o que descobriram foi surpreendente: a anatomia sugere sons mais agudos, semelhantes a gorjeios ou grasnados.
"Imaginar um T-Rex emitindo um som parecido com o de uma galinha é no mínimo curioso", brinca o paleontólogo brasileiro Carlos Ribeiro, que participou do estudo. Mas faz sentido: as aves são descendentes diretas dos dinossauros terópodes.
Por que o mito do rugido persistiu?
Hollywood tem sua parcela de culpa, claro. Rugidos são mais dramáticos, mais assustadores — vendem mais ingressos. Mas a ciência, como sempre, corrige a ficção.
Os pesquisadores usaram tomografias computadorizadas e modelos 3D para recriar possíveis sons. O resultado? Algo entre o grasnar de um pato e o pio estridente de uma águia. Nada daquela voz grave que ecoa nos vales no cinema.
E os dinossauros grandes?
Aqui vai outra surpresa: tamanho nem sempre importa. "Um elefante emite sons graves, mas um avestruz produz vocalizações bem agudas", explica a pesquisadora alemã Klara Schmidt. "Com dinossauros, provavelmente era a mesma lógica."
O estudo ainda é preliminar, é claro. Afinal, reconstruir sons de animais extintos há 65 milhões de anos não é exatamente fácil. Mas já muda completamente nossa imaginação sobre o passado.
Quem diria — o terrível T-Rex pode ter tido a voz de uma galinha gigante. A natureza sempre encontra um jeito de nos surpreender, não é mesmo?