
Quem disse que fazer cosplay precisa custar os olhos da cara? Em Sorocaba, um garoto de 14 anos está virando notícia por provar exatamente o contrário — e o melhor: ao lado da avó, sua parceira nessa aventura criativa.
Com uma sacola de garrafas PET, caixas de papelão e aquela mistura de ingenuidade e genialidade típica da adolescência, o duo vem chamando atenção nas redes sociais. "A gente pega o que iria pro lixo e transforma em algo mágico", conta o adolescente, enquanto ajusta uma armadura feita de tampinhas de refrigerante.
Do lixo ao luxo
O apartamento modesto da família virou ateliê. No chão da sala, restos de tecido convivem com embalagens limpas, aguardando seu momento de virar capas, espadas ou detalhes de figurinos. A avó, que sempre gostou de costurar, encontrou no neto o parceiro perfeito — ele com as ideias malucas, ela com a paciência para executá-las.
"No começo era só brincadeira", admite a senhora de 62 anos, enquanto cola miçangas em um vestido feito de sacolas plásticas. "Mas quando vi que ele realmente levava a sério, resolvi embarcar de vez."
Fama inesperada
Tudo começou com postagens caseiras no Instagram. De repente, os figurinos sustentáveis — que levam em média três semanas para ficarem prontos — começaram a chamar atenção. "Teve um que fizemos do Homem-Aranha com rede de fruta", ri o garoto. "Nem acreditei quando viralizou."
Os comentários elogiosos não param de chegar. "Isso sim é cosplay com alma", escreveu um fã. Outro completou: "Enquanto uns reclamam que não têm dinheiro, esses dois mostram que criatividade vale mais que carteira cheia."
E os planos? Continuar criando, claro. "A próxima vai ser a Wonder Woman", adianta a avó, já separando embalagens de leite para o famoso bustiê dourado. O neto completa, pragmático: "E de graça, igual todas as outras."