Era para ser mais um dia comum no interior baiano, mas o cheiro de pólvora no ar mudou tudo. De repente — sem aviso prévio — o que começou como discussão sobre limites de terra virou um verdadeiro quebra-pau entre comunidades indígenas e agricultores da região. A coisa ficou feia, e o governo federal não teve escolha: mandou a Força Nacional botar ordem na casa.
O estopim
Segundo relatos de quem tava lá (e saiu com sorte), o rolo começou quando um trator avançou sobre área reivindicada pelos Pataxó. "Foi igual briga de torcida organizada, só que com enxada e pedaço de pau", contou um morador que pediu pra não ser identificado — medo de represália, sabe como é?
Do outro lado, os produtores rurais juram de pé junto que tão só defendendo o que é deles. "A gente tem documento, tem título, tá tudo certinho", diz um deles, enquanto mostra papéis amarelados pelo tempo. O problema? Os indígenas alegam que aquelas terras eram dos seus antepassados muito antes de qualquer cartório existir.
Intervenção pesada
Quando a PM local viu que a situação tava saindo do controle — e olha que polícia baiana tá acostumada com confusão —, acionou reforços. A Força Nacional chegou com blindados e um esquema de segurança que mais parecia cena de filme de ação. "Não é brincadeira não", comentou um soldado enquanto ajustava o capacete. "A gente tá aqui pra evitar mortes, mas se precisar..." A frase ficou no ar.
- Mais de 50 agentes federais no local
- Área isolada num raio de 5km
- Toque de recolher improvisado pela população
E agora? Enquanto os ânimos não se acalmam, o Ministério Público Federal já anunciou que vai abrir investigação. Mas convenhamos: resolver disputa de terra no Brasil é igual tentar desembolar linha de pipa depois do temporal — todo mundo sabe como começa, ninguém sabe como termina.
PS: A gente tentou falar com lideranças dos dois lados, mas no calor do momento ninguém tava muito a fim de dar entrevista. Quem sabe quando a poeira baixar...
