
Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) revelou que a diversificação de culturas agrícolas pode dobrar a capacidade do solo em sequestrar carbono, uma descoberta crucial no combate às mudanças climáticas.
A pesquisa, publicada recentemente, demonstra que sistemas de rotação de culturas, como a alternância entre soja, milho e pastagens, aumentam significativamente a matéria orgânica no solo, aprisionando mais dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera.
Como o estudo foi realizado?
Os cientistas analisaram diferentes sistemas agrícolas em regiões do Brasil, comparando monoculturas com áreas onde há rotação de culturas. Os resultados mostraram que:
- Solos sob diversificação armazenaram até 2 vezes mais carbono
- A saúde do solo melhorou significativamente
- A produtividade agrícola se manteve ou aumentou
Impacto na agricultura sustentável
Esta descoberta tem implicações importantes para o agronegócio brasileiro, que busca cada vez mais práticas sustentáveis. "A diversificação não só beneficia o meio ambiente como pode trazer vantagens econômicas para os produtores", explica um dos pesquisadores envolvidos no estudo.
Com a crescente pressão por uma agricultura de baixo carbono, essas práticas podem se tornar fundamentais para o futuro do setor no Brasil, que é um dos maiores produtores agrícolas do mundo.