
Imagine passar uma manhã ensolarada colhendo morangos vermelhos e suculentos diretamente do pé — sem agrotóxicos, com aquele cheiro doce no ar e a sensação de estar fazendo algo bom para o planeta. Pois é exatamente isso que uma fazenda em São Gotardo, Minas Gerais, está proporcionando aos visitantes. E olha, não é só pegar e levar: a experiência vem com um bônus de sustentabilidade que faz toda a diferença.
Da terra ao pé: como funciona a colheita consciente
Não é qualquer colheita, não. A fazenda — que prefere não estragar a surpresa revelando o nome — usa técnicas de cultivo que dispensam químicos pesados. Em vez disso, aposta em adubos orgânicos e controle natural de pragas. "A gente quer que as pessoas sintam o sabor real do morango, não um coquetel de pesticidas", brinca um dos responsáveis, enquanto mostra os canteiros impecáveis.
Os visitantes recebem:
- Um cestinho de palha (ecológico, claro)
- Orientações sobre como colher sem machucar as plantas
- Uma aula rápida — e descontraída — sobre agricultura regenerativa
Por que isso importa?
Enquanto grandes produtores focam em quantidade, esse pequeno empreendimento prova que qualidade e respeito ao meio ambiente podem — e devem — andar juntos. "Tem cliente que volta só para ver como as mudas cresceram", conta uma das agricultoras, orgulhosa. E não é para menos: os pés de morango ali parecem ter saído de um conto de fadas, tão viçosos e cheios de frutos.
Ah, e se você acha que sustentabilidade para no cultivo, se engana. Até a embalagem para levar os morangos pra casa é feita de materiais reciclados — detalhe que faz os visitantes saírem com um sorriso ainda maior.
Turismo rural com pegada ecológica
O negócio vai além da colheita. Os donos transformaram parte da propriedade num espaço de convivência, com:
- Mesas sob árvores frondosas
- Oficinas sobre compostagem
- Degustação de geleias artesanais feitas ali mesmo
"A pandemia fez a gente repensar tudo", explica o proprietário, enquanto serve um suco rosa vibrante. "Percebemos que as pessoas querem mais do que comprar — querem viver o alimento." E pelo visto, acertaram em cheio: as reservas para fins de semana estão esgotadas até o próximo mês.
Para quem duvida que iniciativas assim fazem diferença, um dado curioso: desde que começaram, já reduziram em 70% o uso de água na irrigação. Sem falar nos polinizadores que voltaram a aparecer — abelhas, beija-flores e borboletas dão show particular entre as flores brancas dos morangueiros.
E aí, pronto para calçar as botas e se sujar de terra do bem? A fazenda fica a apenas 3 horas de Belo Horizonte — e promete ser o passeio mais doce (e consciente) do seu ano.