Usina investe R$ 1,5 milhão em biofábrica de microvespas para combater praga em canaviais de Pradópolis (SP)
Biofábrica de microvespas combate praga em canaviais de SP

Pradópolis, no interior paulista, está prestes a virar palco de uma revolução no combate às pragas agrícolas. E o protagonista dessa história? Uma minúscula vespa que mal chega a 2 milímetros — mas promete fazer um estrago e tanto nos inimigos da cana-de-açúcar.

A Usina São Martinho decidiu apostar pesado — R$ 1,5 milhão, pra ser exato — numa biofábrica que vai produzir em massa a Cotesia flavipes. Essa guerreira alada é especialista em aniquilar a broca-da-cana, aquela praga chata que todo ano tira o sono dos produtores.

Por que microvespas?

Olha só que sacada genial da natureza: essas vespinhas depositam seus ovos dentro das lagartas da broca. Quando as larvas eclodem... bem, digamos que o inquilino vira o almoço. Brutal? Talvez. Eficiente? Com certeza.

"É como ter um exército de defesa natural trabalhando 24 horas por dia", brinca o gerente agrícola da usina, antes de explicar que cada hectare vai receber cerca de 10 mil desses insetos benfeitores.

Vantagens que saltam aos olhos

  • Redução de até 70% no uso de inseticidas (o bolso e o meio ambiente agradecem)
  • Aumento na produtividade — menos cana perdida significa mais açúcar e etanol
  • Selo verde para os produtos, cada vez mais valorizado no mercado internacional

E tem mais: a biofábrica vai gerar 15 empregos diretos na região. Não é todo dia que se vê um projeto que une inovação, sustentabilidade e desenvolvimento local, né?

O futuro é biológico

Enquanto alguns ainda teimam em depender só de químicos, Pradópolis mostra que há caminhos mais inteligentes. "A natureza tem soluções incríveis — só precisamos aprender a usá-las", reflete a pesquisadora responsável pelo projeto.

A previsão é que a fábrica entre em operação ainda este ano. Se der certo como esperado — e tudo indica que vai —, pode virar modelo para outras usinas pelo Brasil afora.

Quem diria que algo tão pequeno poderia fazer uma diferença tão grande? As vezes as melhores respostas estão mesmo nos detalhes... ou melhor, nos insetos.