
Quem disse que preservar a natureza não dá lucro? Na ExpoAcre 2025, os apicultores do estado estão dando um verdadeiro show de empreendedorismo verde. E olha que não é conversa fiada – os números falam por si.
Do enxame ao mercado: uma revolução dourada
Andando pelos corredores da feira, você sente no ar aquele cheiro adocicado de mel fresco. Mas o que realmente impressiona são as histórias por trás dos potes. Seja o seu João, de Cruzeiro do Sul, que aumentou sua produção em 300% sem derrubar uma única árvore. Ou a dona Maria, de Rio Branco, que mantém 50 colmeias no quintal de casa – e ainda virou referência em apiterapia.
"Antes a gente via a floresta como obstáculo", confessa o produtor Raimundo Nonato, enquanto mostra seu mel silvestre premiado. "Hoje entendemos que é nossa maior aliada." E como! Com técnicas de manejo sustentável, muitos quintuplicaram a renda familiar. Sem exagero.
Tecnologia a favor das abelhas (e do bolso)
Os estandes revelam inovações que dariam inveja a qualquer startup:
- Sensores que monitoram as colmeias 24h
- Extratores de mel movidos a energia solar
- Embalagens biodegradáveis feitas de fibra de bananeira
"Investimos R$ 20 mil em equipamentos no ano passado", conta a jovem apicultora Ana Claudia, de 22 anos. "Já recuperamos 80% do valor com a venda de própolis orgânico." Impressionante, não?
Mais que mel: uma rede de transformação
O que começou como atividade complementar virou motor de desenvolvimento local. Nas comunidades rurais, cada real do mel se multiplica:
- Gera emprego para jovens
- Financia projetos educacionais
- Fomenta o turismo ecológico
"Minha filha vai pra faculdade graças às abelhas", emociona-se o senhor Osvaldo, mostrando fotos da filha, primeira universitária da família. Quem vê, não imagina que por trás daquele mel dourado há tantas vidas sendo transformadas.
E tem mais: os produtores agora exportam para Europa e Ásia. Com certificação orgânica e preço justo, claro. "O mundo descobriu que o mel acreano vale ouro", brinca a secretária de agricultura, enquanto saboreia um favo recém-colhido.
No final do dia, fica a lição: quando se alia tradição, tecnologia e respeito ambiental, todo mundo sai ganhando. Até as abelhas, que seguram zumbindo felizes na floresta preservada. Quem diria, hein?