
Parecia um cenário de filme de desastre, mas era pura realidade. Nesta segunda-feira (28), ventos que chegaram a 93 km/h transformaram a segunda maior festa religiosa de São Paulo num caos. Santos, a cidade que normalmente respira alegria durante o evento, viu barracas voarem como folhas secas e árvores tombarem como dominós.
Quem estava lá conta que foi coisa de segundos — um rugido assustador, depois o pandemônio. "Pensei que era o fim do mundo", brincou um vendedor de pastel, enquanto recolhia o que sobrou de sua barraca. (Não que ele estivesse rindo, claro. Mas o brasileiro tem esse jeito de lidar com a desgraça, né?)
Os números da destruição
- 15 árvores adultas arrancadas pela raiz
- 3 trechos de muro desabados
- 20 barracas de alimentação destruídas
- 1 palco principal danificado
Curiosamente — ou tragicamente — a parte religiosa escapou ilesa. A imagem do santo padroeiro ficou intacta no altar, o que já gerou piadas sobre "milagre seletivo". Enquanto isso, os organizadores corriam de um lado para outro, tentando salvar o que dava e calculando prejuízos que devem passar dos R$ 200 mil.
E agora?
A Defesa Civil municipal declarou área de risco e interditaram parte do local. "Vamos precisar de pelo menos três dias para refazer a infraestrutura", estimou um dos coordenadores, com aquela cara de quem já viu a madrugada se aproximando sem ter resolvido metade dos problemas.
Para os fiéis, a notícia boa é que a programação religiosa continua — mesmo que sob tendas improvisadas e com um visual mais "apocalipse zumbi" do que o planejado. Já os comerciantes... bem, esses vão passar a semana contando os prejuízos e torcendo para que São Pedro dê uma trégua.