
Parece que o asfalto pegou fogo — literalmente. O primeiro semestre de 2025 em São Paulo foi marcado por uma situação que beira o absurdo: 2.137 focos de incêndio mapeados às margens das rodovias estaduais. Um número que daria um filme de ação — se não fosse trágico.
Enquanto isso, na zona norte da capital, outro drama se desenrola. A apreensão de balões — aqueles que enchem os céus de cor e, infelizmente, de risco — disparou cinco vezes na comparação com 2024. A Polícia Ambiental não tá brincando em serviço.
Rodovias virando cinza
Dá pra acreditar? Só em junho, foram 438 ocorrências. Os trechos mais críticos:
- Região de Bauru — como se o calor já não bastasse
- Araraquara — onde o mato seco vira combustível
- Vale do Paraíba — um verdadeiro corredor de fumaça
"É como jogar palha em fogueira", diz um bombeiro que pediu pra não ser identificado. Com a estiagem prolongada, qualquer bituca de cigarro ou faísca vira potencial tragédia.
Balões: beleza perigosa
Enquanto isso, na capital, a Operação Balão chegou a apreender 257 unidades só no primeiro semestre — contra míseros 51 no mesmo período do ano passado. A maioria foi interceptada na zona norte, onde a tradição teima em desafiar a lei.
"É uma guerra silenciosa", conta um agente ambiental. "Eles soltam de madrugada, em terrenos baldios, e a gente corre contra o tempo." O problema? Cada balão pode causar incêndios florestais — ironicamente, agravando o problema das rodovias.
O que tá pegando fogo?
As causas? Ah, meu amigo, a lista é longa:
- Queimadas agrícolas que fogem do controle (literalmente)
- Puro e simples vandalismo — porque sim
- Falta de manutenção nas faixas de domínio
- E, claro, a velha e boa irresponsabilidade humana
O Corpo de Bombeiros já gastou quase R$ 3 milhões só em operações de combate. Dinheiro que poderia estar indo pra educação, saúde... Mas quando o fogo aperta, não tem muito o que fazer.
E você, já parou pra pensar quantas vezes passou por uma rodovia e viu aquela fumaça no horizonte? Pois é. O problema tá mais perto do que a gente imagina.