
Enquanto a Rússia registrava um tremor de magnitude 6.5 nesta semana — deixando até prédios balançando como gelatina em Moscou —, aqui no Brasil a terra nem mesmo sussurrou. E não, não é sorte: é pura geografia.
O segredo está debaixo dos nossos pés. Literalmente. Enquanto países como Japão ou Chile ficam em zonas de "briga de placas tectônicas", o Brasil está no meio de uma "paz de sábado à tarde", geologicamente falando. Nosso território repousa no centro da Placa Sul-Americana, longe das bordas onde os terremotos adoram acontecer.
Mas calma, não é 100% tranquilo
Sim, já tivemos uns tremores — principalmente na região de João Câmara (RN), que em 1986 decidiu dar um susto nos moradores com um terremoto de magnitude 5.1. Mas comparado ao que rola no Círculo de Fogo do Pacífico? É como comparar um soluço com um ataque de tosse.
Os especialistas explicam que nossos abalos sísmicos geralmente:
- São rasinhos (menos de 10 km de profundidade)
- Têm magnitudes baixas (raramente passam de 5.0)
- Não causam danos significativos
E olha que curioso: alguns tremores brasileiros nem são naturais! Mineração e construção de represas já "acordaram" falhas geológicas que estavam tirando uma soneca de milhões de anos.
E aquela história de que o Brasil poderia "quebrar"?
Ah, os mitos... A verdade é que a Falha de Samambaia, no Centro-Oeste, não vai rachar o país ao meio tão cedo. Ela se move poucos milímetros por ano — mais devagar que fila de banco em dia de pagamento.
Claro, nunca se sabe tudo na geologia. Novas pesquisas podem trazer surpresas, mas por enquanto, podemos dormir tranquilos. Bem... pelo menos sem medo da terra abrir. O trânsito das grandes cidades já é abalo suficiente no cotidiano, não?