
Imagine acordar cedo, cheio de expectativas para aquela viagem tão esperada, e se deparar com um cenário digno de filme de suspense: o aeroporto tomado por uma névoa tão densa que mal dá para ver a própria mão na frente do rosto. Foi exatamente isso que aconteceu com centenas de passageiros no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, nesta segunda-feira (21).
O fenômeno meteorológico — que alguns mais poéticos até chamariam de "véu misterioso da natureza" — simplesmente paralisou as operações. E quando a natureza resolve dar as cartas, nem a tecnologia mais avançada consegue fazer muita coisa. Resultado? Uma sequência interminável de voos cancelados ou atrasados, e uma legião de viajantes com a paciência no limite.
O caos nos corredores
Dá pra imaginar a cena: famílias com crianças chorando, executivos nervosos olhando o relógio a cada cinco minutos, mochileiros tentando achar um cantinho para dormir no chão. E o pior? A falta de informações claras — aquela sensação de estar no escuro, literal e figurativamente.
"Parece que estamos num jogo de adivinhação", reclamou uma passageira, enquanto tentava decifrar os códigos de voo no painel. "A cada atualização, meu voo aparece com um status diferente: primeiro atrasado, depois confirmado, depois cancelado... É de enlouquecer!"
Impacto nas operações
Segundo fontes do aeroporto, a situação começou por volta das 5h da manhã, quando a visibilidade despencou para menos de 200 metros — bem abaixo do mínimo necessário para operações seguras. Até as 10h, pelo menos 15 voos haviam sido cancelados e outros 32 sofriam atrasos significativos.
- Voos domésticos foram os mais afetados
- Alguns voos internacionais precisaram ser desviados
- Companhias aéreas ofereceram reembolsos ou remarcações
Mas convenhamos: quando seu voo é cancelado de última hora, nenhuma política de reembolso consegue consertar a frustração de ver aquela viagem dos sonhos indo por água abaixo, não é mesmo?
E agora, o que fazer?
Para quem estava no aeroporto, a recomendação era clara: paciência e mais paciência. Algumas companhias montaram balcões emergenciais para atender os passageiros, mas as filas — ah, as filas! — pareciam não ter fim.
"Já perdi a conta de quantas xícaras de café tomei hoje", brincou um senhor enquanto esperava na fila de atendimento. "Se continuar assim, vou precisar de um tratamento para dependência de cafeína depois disso tudo."
Enquanto isso, os meteorologistas prometem melhora nas condições ao longo do dia — mas, como bem sabemos no Rio Grande do Sul, quando o assunto é clima, até a previsão mais certeira pode reservar algumas surpresas. Fica a dica: se seu voo está marcado para os próximos dias, vale ficar de olho nas atualizações. Melhor prevenir do que ficar preso num aeroporto, certo?