Numa tarde que parecia comum, o destino pregou uma peça cruel. Um rapaz, cujo nome ainda não foi divulgado, decidiu encarar as águas do Rio Tocantins como se fosse apenas mais um desafio. Só que o rio, conhecido por suas correntezas traiçoeiras, não perdoou.
Segundo relatos dos bombeiros, tudo aconteceu rápido demais. O jovem, aparentemente confiante, mergulhou nas águas barrentas por volta das 16h. Testemunhas contam que ele sumiu em questão de minutos — como se o rio tivesse engolido ele vivo. Nem mesmo seus gritos foram ouvidos.
Busca desesperada
Quando a notícia chegou aos bombeiros, já era quase noite. Eles trabalharam contra o relógio, sabendo que cada minuto era crucial. Lanternas, botes, até drones — usaram tudo. Mas o rio, teimoso, não queria devolver o que havia levado.
Só no dia seguinte, com o sol já alto, encontraram o corpo a cerca de 2 km do local onde ele havia entrado na água. Uma cena que deixou até os mais experientes de luvas tremendo.
Alerta que vem tarde
Os bombeiros não cansam de avisar: "Rio não é piscina". Mesmo parecendo calmo na superfície, esconde redemoinhos e correntes que puxam até nadador profissional. E no Tocantins, então? "Aqui a água é traiçoeira mesmo no verão", diz um sargento, com a voz carregada de frustração.
Moradores da região contam que já viram muita coisa parecida. "Todo ano é a mesma história", lamenta Dona Maria, 62 anos, que vive às margens do rio. "Os jovens acham que são invencíveis, até o dia em que o rio prova que não são."
Enquanto isso, a família do jovem — que preferiu não se identificar — tenta digerir a perda. Um velório discreto, flores murchando ao sol, e aquela pergunta que não quer calar: "E se ele tivesse pensado duas vezes?"
