
Era para ser mais um dia comum no assentamento rural de Araçatuba, mas o destino pregou uma peça cruel. Um jovem de 21 anos — cheio de sonhos e planos — não voltou para casa depois de se aventurar nas águas traiçoeiras do Rio Tietê. O que começou como um momento de diversão terminou em tragédia.
Segundo testemunhas, ele estava com amigos quando decidiu entrar no rio, mesmo com os avisos de moradores sobre a correnteza forte. "A água tava arrebentando hoje, mas ele não quis saber", contou um vizinho, ainda abalado. Em questão de minutos, o jovem sumiu na imensidão verde-escura.
Busca contra o tempo
Quando o pânico se instalou, os bombeiros foram acionados às pressas. Equipes vasculharam o trecho do rio por horas — mergulho após mergulho, varredura após varredura. Até que, por volta do fim da tarde, o pior se confirmou: o corpo foi encontrado a cerca de 200 metros do local onde desapareceu.
"É sempre doloroso quando a gente encontra nessas circunstâncias", desabafou um dos socorristas, com a voz embargada. O rio, que deveria ser sinônimo de vida, levou embora uma história inteira pela correnteza.
Alerta que veio tarde
O caso reacende o debate sobre a segurança em áreas ribeirinhas. "Todo verão é a mesma coisa: gente subestimando o perigo", reclama Dona Marta, moradora antiga da região. E ela tem razão — só neste ano, já são três vítimas fatais no mesmo trecho.
- Falta de placas de alerta?
- Correnteza mais forte que o normal?
- Imprudência?
Enquanto as autoridades discutem, famílias choram. O jovem — cujo nome será divulgado após a notificação dos familiares — deixa um vazio que nenhuma explicação preenche.
"Água parada é funda, e rio que parece calmo pode engolir até quem sabe nadar" — o ditado popular nunca fez tanto sentido.