
Não era para ser mais um dia comum no trabalho. Dois servidores do IBGE, cujos nomes ainda não foram divulgados, estavam em campo quando o impensável aconteceu. Um incêndio florestal — daqueles que parecem saídos de pesadelos — avançou rápido demais na região do Tororó, no Distrito Federal, e acabou tirando a vida desses profissionais.
O fogo, que começou de forma ainda não esclarecida, transformou a vegetação seca em um inferno em questão de horas. "A situação fugiu do controle muito rápido", relatou um bombeiro que preferiu não se identificar. "Quando chegamos, já era tarde demais para eles."
Combate heróico e fatal
Os servidores — que estavam ali justamente para mapear áreas de risco — se viram no meio do caos. Sem equipamentos adequados para enfrentar chamas daquela magnitude, tentaram ajudar no que podiam. Mas a natureza, quando decide mostrar sua força, não perdoa.
O Corpo de Bombeiros do DF trabalhou por horas para conter as labaredas. Helicópteros sobrevoavam a região despejando água, enquanto no chão, dezenas de homens e mulheres enfrentavam o calor insuportável. "É como lutar contra um dragão", comparou um dos combatentes, exausto.
Impacto ambiental e humano
Além da tragédia humana, o incêndio deixou marcas profundas no ecossistema local. Biólogos estimam que centenas de espécies de animais e plantas foram afetadas. "É como se alguém tivesse apagado parte da memória da natureza", lamentou uma ambientalista.
No IBGE, o clima era de consternação. Colegas descreveram os falecidos como "profissionais dedicados" e "pessoas de bom coração". A instituição prometeu apoio às famílias e investigará as circunstâncias do acidente.
Enquanto isso, no Tororó, o cheiro de cinza ainda paira no ar — um lembrete amargo de como a vida pode ser frágil diante das forças da natureza.