
Não deu outra. O que era apenas fumaça ao longe se transformou, em questão de minutos, num pesadelo real para uma família da Chácara Nazareth, em Piracicaba. Por volta das 16h desta sexta-feira (5), um incêndio — desses que parecem saídos de filme — começou numa área de vegetação e, impulsionado pelo vento seco, não perdoou nada. Nem mesmo a casa onde viviam quatro pessoas.
O fogo, caprichoso e rápido, cercou a propriedade. As chamas literalmente lamberam os fundos do imóvel, aproveitando-se de galhos secos e da baixa umidade, tão comum nessa época do ano. Em poucos instantes, o pânico se instalou. Não houve tempo para hesitar.
Fuga Contra o Tempo
Imagina a cena: você está em casa, num final de tarde qualquer, e de repente o ar fica pesado, cheiro de queimado, e um clarão laranja se aproxima rapidamente. Foi assim. A família, ainda sem identificar publicamente, agiu rápido. Saiu correndo, com o que conseguiu carregar — documentos, alguns pertences, e o mais importante: a vida.
Ninguém se feriu, graças a Deus. Mas a casa… ah, a casa ficou marcada. O fogo atingiu o forro e parte da estrutura dos fundos. Prejuízo material, sim, mas que dói na alma. Eles agora estão desalojados, dependendo da solidariedade de parentes e vizinhos.
Bombeiros no Coração do Perigo
Os bombeiros chegaram rápido, pra variar. Dois caminhões e uma equipe dedicada — heróis de uniforme — trabalharam por quase uma hora para controlar o monstro de fogo. Usaram o que tinham: água e muito suor. A vegetação, que já estava seca como palha, queimou que foi uma beleza — se é que podemos usar essa palavra pra algo tão triste.
Às 17h20, finalmente, o fogo estava dominado. Mas o estrago já estava feito. Uma área de 200 metros quadrados virou cinza. E o cheiro de queimado ainda pairava no ar, um lembrete amargo do que aconteceu.
E Agora, José?
A pergunta que fica: o que teria causado isso? Segundo os bombeiros, a investigação ainda vai correr — mas as suspeitas recaem sobre um possível balão ou, quiçá, uma bituca de cigarro mal-apagada. No interior, nessas épocas de tempo seco, basta uma faísca. Só uma.
Enquanto isso, a família tenta reconstruir a vida. A Defesa Civil foi acionada e deve prestar apoio. A comunidade, como sempre acontece nessas horas, já começou a se mobilizar. Porque no fim das contas, o que salva não é só o caminhão de bombeiro — é a mão estendida do vizinho.
Que fim de semana, hein? Uma verdadeira lição de como a vida pode mudar num piscar de olhos.