Incêndio ameaça área verde do Museu Vivo da Memória Candanga no DF — veja imagens
Incêndio atinge área do Museu da Memória Candanga no DF

Um susto e tanto na tarde desta segunda-feira (11) no Distrito Federal. Por volta das 15h, um incêndio — daqueles que parecem sair de filme — começou a devorar a área verde que margeia o Museu Vivo da Memória Candanga, na região administrativa do Candangolândia.

Testemunhas contam que as chamas avançavam rápido, impulsionadas pelo vento seco típico dessa época do ano. "Parecia um rastilho de pólvora", descreveu um vendedor ambulante que pediu para não ser identificado. Em questão de minutos, a fumaça escura já dominava o céu — um espetáculo assustador.

Corrida contra o tempo

Os bombeiros? Chegaram como heróis de filme de ação. Dois caminhões e uma equipe especializada no combate a incêndios florestais. Trabalho duro, suor e estratégia para conter as labaredas antes que alcançassem o museu — um verdadeiro baú de histórias da construção de Brasília.

"A gente treina pra isso, mas cada incêndio é uma surpresa diferente", confessou um dos soldados, ainda ofegante, enquanto enroscava a mangueira. O fogo, teimoso, resistia em alguns pontos, mas depois de quase duas horas de batalha, foi finalmente domado.

O que sobrou

A área atingida? Cerca de meio hectare de vegetação típica do cerrado — capim seco, arbustos, algumas árvores menores. Nada que não se recupere com o tempo, segundo os especialistas. O museu, felizmente, saiu ileso. As chamas chegaram a uns 50 metros do prédio principal, mas não cruzaram essa linha vermelha.

E os visitantes? Alguns turistas que estavam no local foram orientados a se afastar, mas ninguém precisou de atendimento médico. "Foi mais susto do que tragédia", resumiu uma funcionária do museu, ainda abanando o rosto com uma folha de papel.

O mistério das origens

Agora, a pergunta que não quer calar: como começou esse incêndio? Bombeiros e policiais militares ambientais trabalham com três hipóteses principais:

  • Bituca de cigarro jogada sem cuidado (a velha conhecida dos problemas)
  • Queimada irregular que fugiu do controle (comum nessa época do ano)
  • Ou — quem sabe? — ação intencional (mas isso é só especulação por enquanto)

"Temos que esperar o laudo técnico", disse o tenente responsável pelas investigações, evitando dar detalhes. O certo é que, com o clima seco e os ventos fortes, qualquer faísca vira ameaça.

Enquanto isso, o museu — que guarda memórias dos candangos que construíram Brasília — segue aberto ao público. Mas com um aviso a mais nas recomendações: "Cuidado com o fogo, pessoal. O cerrado é resistente, mas tem seus limites."