Fogo devasta 20% do Parque Estadual Serra Verde em BH — veja imagens chocantes
Fogo destrói 20% do Parque Serra Verde em BH

Um cenário de destruição que parece saído de um filme apocalíptico. Foi assim que moradores da região noroeste de Belo Horizonte descreveram o incêndio que, desde a madrugada desta segunda-feira (11/08), vem consumindo boa parte do Parque Estadual Serra Verde. Segundo dados preliminares, cerca de 20% da mata nativa já foi reduzida a cinzas.

O que sabemos até agora?

Pelas redes sociais, vídeos impressionantes mostram labaredas altíssimas — algumas chegando a 5 metros — avançando sobre a vegetação seca. O fogo, que começou por volta das 3h da manhã, já obrigou o fechamento de algumas ruas próximas por conta da fumaça densa que dificulta a visibilidade.

"Parecia o inferno na terra", relatou um motorista de aplicativo que passava pelo local. "A fumaça era tanta que dava pra sentir o cheiro de queimado a quilômetros de distância."

Esforços de combate

Mais de 50 bombeiros — incluindo equipes de cidades vizinhas — estão no local desde o primeiro alerta. Helicópteros sobrevoam a área despejando água, enquanto no chão, os profissionais trabalham com abafadores e mangueiras para criar barreiras e impedir que o fogo se alastre ainda mais.

  • 3 caminhões-pipa em operação contínua
  • 2 helicópteros do Corpo de Bombeiros
  • Equipes do Instituto Estadual de Florestas (IEF) monitorando áreas críticas

E não, infelizmente, não há previsão de chuva para os próximos dias — o que só piora a situação. Segundo meteorologistas, a umidade relativa do ar está abaixo dos 30%, condição ideal para a propagação rápida de incêndios.

Impacto ambiental incalculável

O parque, que abriga espécies raras da fauna e flora do cerrado mineiro, sofre um golpe duríssimo. Biólogos estimam que centenas de animais — muitos deles já ameaçados de extinção — tenham perdido seus habitats em questão de horas.

"É uma tragédia anunciada", lamenta o ambientalista Carlos Ribeiro, que há anos alerta sobre a falta de estrutura preventiva na região. "Todo verão é a mesma história: fogo, destruição e depois... silêncio."

Enquanto isso, nas proximidades, moradores seguem apreensivos. Alguns já começaram a molhar os telhados de suas casas por precaução. Afinal, com ventos fortes e temperatura acima dos 35°C, ninguém quer arriscar.