
Parecia cena de filme apocalíptico, mas era só mais uma quinta-feira chuvosa em Manaus. Antes mesmo do meio-dia, o céu escureceu de repente — daqueles negrumes que fazem até o mais corajoso pensar duas vezes antes de sair de casa.
E não deu outra. Em questão de minutos, as ruas viraram piscinas improvisadas. A avenida Djalma Batista, uma das principais da cidade? Transformou-se num rio de água suja e detritos, com motoristas desesperados tentando navegar — sim, navegar — entre ondas que batiam nas portas dos carros.
O caos em números
- Mais de 15 vias completamente intransitáveis
- Ônibus parados por até 3 horas em alguns pontos
- 50+ chamados para o Corpo de Bombeiros
- Nível da água ultrapassando 1 metro em certos locais
"Parecia que o asfalto tinha viado uma esponja", contou Marcos, taxista há 20 anos na capital. "Nunca vi coisa igual — e olha que já peguei muita chuva por aqui."
Efeito dominó urbano
O problema, claro, não ficou só nas ruas alagadas. Com o trânsito parado, os impactos se espalharam feito rastilho de pólvora:
• Atendimentos médicos atrasados
• Entregas de mercadorias canceladas
• Crianças sem conseguir chegar às escolas
• Comércios com prejuízos incalculáveis
Nas redes sociais, os relatos se multiplicavam mais rápido que a água subindo. Vídeos mostravam carros literalmente boiando, enquanto pedestres arriscavam passagens por calçadas transformadas em corredeiras.
E agora, o que fazer?
Especialistas alertam: com as mudanças climáticas, eventos assim tendem a se repetir. Algumas dicas práticas podem salvar vidas — e o bom humor:
- Evite áreas historicamente alagadiças
- Não arrisque passar por ruas inundadas
- Mantenha kit emergência em casa e no carro
- Fique atento aos alertas meteorológicos
Enquanto isso, os manauaras seguem naquele velho ritual tropical: esperar a água baixar, secar o que der, e seguir em frente — com um pé atrás e os olhos no céu.