
Imagine estar de férias no paraíso e, de repente, ter que correr para salvar sua vida. Foi exatamente o que aconteceu com a turista brasileira Ana Lúcia (nome fictício), que estava no Havaí quando as sirenes começaram a tocar.
"Pânico total", descreve ela, ainda tremendo ao lembrar. "As pessoas corriam sem saber para onde ir, gritavam em vários idiomas... foi como um filme de terror, só que real."
O momento do alerta
Era por volta das 8h da manhã quando o celular de Ana disparou com o alerta vermelho. Um terremoto de magnitude 7.2 atingira as ilhas Aleutas, no Alasca, e as autoridades havaianas não perderam tempo: tsunami a caminho.
"Peguei minhas coisas em 30 segundos - nem sei o que coloquei na mochila", conta a brasileira, entre risos nervosos. "Só sabia que precisava sair dali."
Corrida contra o tempo
O que se seguiu foi uma cena caótica:
- Carros abandonados no meio da rua
- Pais carregando crianças chorando
- Idosos sendo ajudados por desconhecidos
Ana e outros turistas seguiram as instruções locais e subiram a montanha mais próxima. "Subimos como cabras montesas, sem pensar duas vezes", brinca ela, tentando aliviar a tensão.
Horas de angústia
Lá em cima, o grupo ficou por quase 6 horas. Sem comida adequada, com banheiros improvisados atrás de arbustos e a constante dúvida: "Quando poderemos voltar?"
"O pior era não saber a dimensão do perigo", explica Ana. "A cada hora, rumores diferentes circulavam entre nós."
Por sorte - ou por um milagre, como alguns diziam -, as ondas não passaram de 1 metro quando chegaram à costa. Mas o susto ficou.
Lições aprendidas
Agora segura em seu hotel, a brasileira reflete:
- Sempre verifique as rotas de fuga ao chegar em um destino novo
- Tenha um kit emergencial básico à mão
- Mantenha a calma (ou tente) em situações críticas
"Viajo há anos, mas nunca tinha vivido algo assim", finaliza Ana. "Voltarei ao Brasil com uma história para contar - e uma grande lição sobre a força da natureza."