Tragédia no Litoral Cearense: Biomédico de 27 Anos Morre Afogado em Praia de Paracuru
Biomédico morre afogado em praia do Ceará

O que começou como um sábado de sol e mar tranquilo (15 de setembro) terminou em luto para a família e amigos de Matheus Ryan Alves da Silva. Com apenas 27 anos, o biomédico — que dedicava sua vida a cuidar da saúde de outros — perdeu a vida de forma abrupta e trágica nas águas da Praia da Pedra Rachada, em Paracuru, no litoral oeste do Ceará.

Testemunhas relataram que tudo aconteceu por volta das 16h, horário em que o mar costuma apresentar alterações nas correntes. Matheus, que estava aproveitando o fim de semana com amigos, entrou no água e, em questão de minutos, foi arrastado por uma correnteza forte — daquelas que pegam até os mais experientes de surpresa.

O desespero tomou conta rapidamente. Banhistas que estavam próximos tentaram auxiliá-lo, mas a força do mar dificultou o resgate. Alguém — ninguém sabe exatamente quem — teve a presença de espírito de acionar os Bombeiros. Quando a equipe chegou, já era tarde demais.

O corpo de Matheus foi encontrado sem vida e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Paracuru. Lá, a causa morte foi confirmada: asfixia por submersão. Aquele jovem, cheio de planos e histórias pela frente, partiu de forma silenciosa e violenta, deixando uma comunidade inteira em choque.

Não era a primeira vez

E o pior: esse não é um caso isolado. Só neste ano, pelo menos cinco pessoas já morreram afogadas na mesma região. Praia bonita, sim, mas traiçoeira. Quem conhece avisa: não subestime o mar, mesmo num dia calmo.

Matheus era natural de Fortaleza — capital que agora chora mais uma vida interrompida tão cedo. Trabalhava como biomédico, profissão que exige cuidado, precisão e, ironicamente, uma certa fé na ciência e na vida. Uma cruel virada do destino.

Seu corpo foi velado e enterrado no domingo (16), em cerimônia restrita à família e amigos mais próximos. A comoção nas redes sociais foi grande. Colegas de profissão, pacientes e conhecidos se revezaram em publicações emocionadas. "Uma luz apagada cedo demais", escreveu uma amiga. "O mar leva corpos, mas não leva memórias", desabafou outro.

E agora?

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as circunstâncias do acidente, mas tudo indica ter sido uma fatalidade. Nenhuma suspeita de crime, apenas a imprevisibilidade do oceano e a falta de sinalização adequada em um ponto conhecidamente perigoso.

Enquanto isso, a lição que fica é dolorosa, mas necessária: respeitar as placas de aviso, observar as condições do mar e, principalmente, não confiar demais na própria sorte. Porque o mar, ah, o mar… ele não perdoa.