
Era pra ser mais um dia de diversão, desses que a gente nem imagina que pode acabar em tragédia. Um grupo de adolescentes decidiu aproveitar o fim de tarde na orla de Macapá, onde o Rio Amazonas parece convidativo — mas esconde perigos que poucos enxergam.
Por volta das 17h30, o que começou como brincadeira virou pesadelo. Testemunhas contam que o garoto de 16 anos — cujo nome a família pediu para não divulgar ainda — entrou na água cheio de energia, mas não conseguiu voltar. "Ele sumiu de repente, como se o rio tivesse engolido ele", disse um amigo, ainda em choque.
Corrida contra o tempo
Os bombeiros chegaram em menos de 15 minutos — tempo recorde pra quem conhece o trânsito caótico da região. Mas já era tarde. Mergulhadores reviraram aquelas águas barrentas por quase duas horas até encontrar o corpo. Difícil até de escrever sobre isso sem sentir um nó na garganta.
Enquanto isso, na margem:
- Amigos em prantos, sem acreditar
- Pais desesperados chegando aos poucos
- Curiosos formando aquela multidão mórbida que sempre aparece nesses casos
Águas traiçoeiras
O que muita gente não sabe — e devia saber — é que o Rio Amazonas nessa região tem correntezas subterrâneas brutais. Parece calmo na superfície, mas é como se fosse um monstro dormindo. E quando acorda... bom, o resultado a gente já conhece.
Um pescador veterano da área, seu Raimundo (72), me contou: "Todo verão é a mesma história. Os jovens acham que rio é piscina, e o rio mostra que não é". Duro, mas verdadeiro.
As autoridades (que sempre aparecem depois do estrago feito) prometeram "analisar a necessidade" de mais placas de alerta. Enquanto isso, mais uma família destroçada chora a perda de um futuro que mal começou.