Capital do Acre proíbe jet skis e barcos recreativos durante enchentes — entenda a nova lei
Acre proíbe jet skis em enchentes com multa de até R$ 5 mil

Não vai dar pra sair cortando onda de jet ski quando o rio subir — pelo menos não em Rio Branco. A prefeitura acabou de sancionar uma lei que coloca um freio na brincadeira perigosa durante as enchentes. E olha que a multa é salgada: até R$ 5 mil pra quem descumprir.

Parece óbvio, né? Mas tem gente que acha que domina as águas revoltas — e acaba virando estatística. Só no último ano, três acidentes graves envolvendo lanchas e jet skis durante cheias assustaram a cidade. Dois terminaram no hospital.

O que muda na prática?

Basicamente, fica proibido usar qualquer veículo aquático motorizado (sim, até aqueles barcos de pesca turbinados) pra lazer quando o rio transbordar. A fiscalização vai ficar por conta da Guarda Municipal e da Defesa Civil — e pode apostar que vão ficar de olho.

  • Proibição total durante períodos de cheia declarados
  • Exceção apenas para embarcações oficiais e de resgate
  • Multas entre R$ 1 mil e R$ 5 mil

"É questão de bom senso", diz o vereador Marcos Aurélio, autor do projeto. "Todo ano a gente vê turista se arriscando como se estivesse em parque de diversões — esquecendo que enchente não é brincadeira."

E os pescadores?

Calma, a galera que vive do rio não vai ficar na mão. A lei diferencia uso recreativo do profissional — mas mesmo assim recomenda extremo cuidado. "Quando a água sobe, o perigo não tá só na correnteza", alerta um capitão da Defesa Civil. "Galhos submersos, lixo arrastado... é uma armadilha."

Curiosidade: a nova regulamentação surgiu depois que um vídeo viralizou mostrando um grupo fazendo manobras radicais entre árvores semi-submersas. Nas redes, parte do público achou "radical", enquanto outros lembraram dos bombeiros que arriscam a vida pra resgatar imprudentes.

Pra quem acha exagero, vale lembrar: em 2023, um jet ski colidiu com um galho submerso durante uma cheia — o piloto escapou por pouco. "A lei chega tarde, mas chega", comenta uma moradora da região do Segundo Distrito, área crítica durante as enchentes.