Ex-prefeito de Rolador, RS, condenado por se manter no cargo após perder mandato: entenda o caso
Ex-prefeito condenado por permanecer no cargo após perder mandato

Imagine a cena: um prefeito perde o mandato por decisão judicial, mas simplesmente ignora a ordem e continua no comando como se nada tivesse acontecido. Pois é, essa história saiu das páginas de ficção e virou realidade no noroeste do Rio Grande do Sul.

O caso aconteceu em Rolador, município de pouco mais de 2 mil habitantes, onde o ex-prefeito Edemar Vargas foi condenado pela Justiça por se manter no cargo mesmo após ter perdido o mandato. A coisa foi séria – ele ficou lá, comandando os destinos da cidade, por incríveis 47 dias depois da decisão judicial que deveria tê-lo afastado.

Uma teimosia que saiu cara

O Tribunal de Justiça do RS não só condenou o ex-gestor como aumentou a pena em um terço porque ele continuou no cargo mesmo após ser notificado. A sentença é de 1 ano e 8 meses de prisão, convertidos em prestação de serviços comunitários e pagamento de multa. Algo que poderia ter sido evitado se houvesse um mínimo de respeito às instituições.

O que mais choca nessa história toda é o descaramento. Não foi um dia, nem dois – foram mais de um mês e meio desafiando abertamente o poder judiciário. E olha que a decisão de afastamento veio porque ele havia cometido irregularidades em licitações, então já não estava exatamente cheirando bem.

As consequências de querer ser mais esperto que a lei

Além da condenação criminal, o ex-prefeito ainda terá que arcar com as custas processuais e o valor da multa, que será revertido ao Fundo Penitenciário Nacional. Uma lição bastante cara para quem achou que poderia driblar o sistema.

O caso serve como alerta para outros gestores que eventualmente pensem em seguir pelo mesmo caminho. A Justiça pode até demorar, mas chega – e quando chega, cobra o preço da desobediência com juros e correção monetária.

Rolador, que normalmente vive no anonimato dos pequenos municípios gaúchos, acabou ganhando destaque nacional por todos os motivos errados. Uma pena, porque cidades pequenas dependem tanto da honestidade de seus gestores...